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Congresso em São Paulo discute futuro dos jornais no país
Evento, que começa amanhã, reúne mais de 800 pessoas e tem como tema o Brasil e a indústria jornalística em 2020
Encontro acontece no momento em que as publicações registram crescimento no número de leitores e da publicidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o tema geral "O Brasil e
a indústria jornalística em
2020", a ANJ (Associação Nacional de Jornais) realiza amanhã e terça-feira, no WTC Hotel, em São Paulo, o 7º Congresso Brasileiro de Jornais.
Considerado o mais importante evento da indústria jornalística nacional, a atual edição do congresso, que ocorre a
cada dois anos, deverá ser a
maior de sua história.
A realização do congresso
neste ano coincide com um período de resultados bastante
positivos para a indústria jornalística brasileira, com aumento no número de leitores e
da receita publicitária.
Mais de 800 pessoas estão
inscritas para o evento, entre
palestrantes brasileiros e internacionais, publishers, jornalistas e profissionais do mercado
de comunicação.
As inscrições para o congresso foram encerradas depois de
atingir, 12 dias antes do prazo
previsto, o limite de lotação do
WTC Hotel.
No total, haverá três grandes
palestras e 16 painéis simultâneos em que serão debatidos
vários assuntos.
Tema central
O tema central do evento -o
Brasil e os jornais no ano
2020- será discutido amanhã,
durante a abertura, com a participação do ministro Miguel
Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e
do presidente da ANJ, Nelson
Sirotsky. Também amanhã haverá o debate "A (re)construção
do jornal para a era digital", que
discutirá o desafio que a internet impõe hoje às empresas
jornalísticas.
Outras mesas-redondas discutirão formas de ampliar o público leitor e as ameaças à liberdade de expressão.
Na terça, a primeira palestra
geral, com a participação de
Earl Wilkinson, diretor-executivo da INMA (International
Newsmedia Marketing Association), será "Tendências para
os jornais no Brasil e no mundo
hoje e em 2020".
No segundo dia também serão debatidos temas como multimídia, design e fotografia, e a
responsabilidade social das
empresas jornalísticas.
Recuperação
Depois de sucessivas quedas,
a circulação média dos jornais
brasileiros iniciou, a partir de
2004, um processo de recuperação. O crescimento foi de
0,8% naquele ano, de 4,1% em
2005, de 6,5% em 2006 e 11,8%
em 2007. No primeiro semestre deste ano, a alta foi de 8,1%.
Em média, 4,39 milhões de
exemplares circularam diariamente no país nos primeiros
seis meses de 2008, segundo o
IVC (Instituto Verificador de
Circulação). Em igual período
do ano passado, foram 4,06 milhões de exemplares.
A Folha manteve o primeiro
lugar em vendas no primeiro
semestre do ano, com 7,2% de
participação de mercado e circulação média diária de 317,3
mil exemplares.
A recuperação da circulação
dos jornais coincidiu com o aumento dos investimentos publicitários, que cresceram
15,2% no ano passado.
O meio jornal obteve no primeiro trimestre deste ano uma
fatia de 19,4% do bolo publicitário. No final de 2006, essa
participação era de 15,5%.
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