São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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Congresso em São Paulo discute futuro dos jornais no país

Evento, que começa amanhã, reúne mais de 800 pessoas e tem como tema o Brasil e a indústria jornalística em 2020

Encontro acontece no momento em que as publicações registram crescimento no número de leitores e da publicidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Com o tema geral "O Brasil e a indústria jornalística em 2020", a ANJ (Associação Nacional de Jornais) realiza amanhã e terça-feira, no WTC Hotel, em São Paulo, o 7º Congresso Brasileiro de Jornais.
Considerado o mais importante evento da indústria jornalística nacional, a atual edição do congresso, que ocorre a cada dois anos, deverá ser a maior de sua história.
A realização do congresso neste ano coincide com um período de resultados bastante positivos para a indústria jornalística brasileira, com aumento no número de leitores e da receita publicitária.
Mais de 800 pessoas estão inscritas para o evento, entre palestrantes brasileiros e internacionais, publishers, jornalistas e profissionais do mercado de comunicação.
As inscrições para o congresso foram encerradas depois de atingir, 12 dias antes do prazo previsto, o limite de lotação do WTC Hotel.
No total, haverá três grandes palestras e 16 painéis simultâneos em que serão debatidos vários assuntos.

Tema central
O tema central do evento -o Brasil e os jornais no ano 2020- será discutido amanhã, durante a abertura, com a participação do ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e do presidente da ANJ, Nelson Sirotsky. Também amanhã haverá o debate "A (re)construção do jornal para a era digital", que discutirá o desafio que a internet impõe hoje às empresas jornalísticas.
Outras mesas-redondas discutirão formas de ampliar o público leitor e as ameaças à liberdade de expressão.
Na terça, a primeira palestra geral, com a participação de Earl Wilkinson, diretor-executivo da INMA (International Newsmedia Marketing Association), será "Tendências para os jornais no Brasil e no mundo hoje e em 2020".
No segundo dia também serão debatidos temas como multimídia, design e fotografia, e a responsabilidade social das empresas jornalísticas.

Recuperação
Depois de sucessivas quedas, a circulação média dos jornais brasileiros iniciou, a partir de 2004, um processo de recuperação. O crescimento foi de 0,8% naquele ano, de 4,1% em 2005, de 6,5% em 2006 e 11,8% em 2007. No primeiro semestre deste ano, a alta foi de 8,1%.
Em média, 4,39 milhões de exemplares circularam diariamente no país nos primeiros seis meses de 2008, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação). Em igual período do ano passado, foram 4,06 milhões de exemplares.
A Folha manteve o primeiro lugar em vendas no primeiro semestre do ano, com 7,2% de participação de mercado e circulação média diária de 317,3 mil exemplares.
A recuperação da circulação dos jornais coincidiu com o aumento dos investimentos publicitários, que cresceram 15,2% no ano passado.
O meio jornal obteve no primeiro trimestre deste ano uma fatia de 19,4% do bolo publicitário. No final de 2006, essa participação era de 15,5%.


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