São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 2002

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Procurador se coloca como "missionário"

DA REPORTAGEM LOCAL

O aspecto mais controvertido do procurador da República Luiz Francisco de Souza, 40, não é o fato de ter sido filiado ao PT, um direito que ele tinha, como qualquer cidadão.
Seu maior desgaste, mesmo entre colegas do Ministério Público, vem da imagem que esse ex-noviço da ordem de Santo Inácio projeta do ofício, como uma espécie de "missionário", implacável perseguidor de corruptos.
A democracia deve à coragem desse procurador o fato, por exemplo, de criminosos como Hildebrando Pascoal terem sido condenados.
Num conceito muito pessoal de Justiça, ele diz, por exemplo, que Everardo Maciel, secretário da Receita Federal, é "meu réu" (dele, Luiz Francisco). Ou, de forma subjetiva, cita em peça acusatória, como reforço de tese, "as intervenções de senadores brilhantes e éticos, como Roberto Requião" (PMDB-PR).
Essa obstinação o levaria a cometer impropriedades, como o alegado "erro material", ao colocar o CPF de um ex-adversário no pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge.
(FREDERICO VASCONCELOS)


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