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DISTRITO FEDERAL
Caso envolve 2 deputados
Oposição tenta CPI para apurar grilagem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma disputa entre aliados do
governador do Distrito Federal,
Joaquim Roriz (PMDB), levou a
oposição a pedir uma CPI para investigar a ocupação e o parcelamento irregular de terras no DF.
O empresário Márcio Passos acusou um deputado e um ex-integrante do governo de terem recebido propina para facilitar a regulamentação de condomínios.
Ontem, após quase sete horas
de discussão, os deputados governistas adiaram por cinco dias a
votação da instalação da CPI, mas
a oposição acredita que não conseguirá quórum, o que pode deixar a decisão para depois do primeiro turno das eleições. Por outro lado, aprovaram ontem uma
CPI para investigar os contratos
de publicidade feitos na gestão do
ex-governador do DF Cristovam
Buarque (PT), atualmente candidato ao Senado, de 1995 a 1998.
Márcio Passos divulgou trechos
de uma fita de vídeo em que o deputado Odilon Aires (PMDB), ex-secretário de Assuntos Fundiários
do DF, reclama por receber menos lotes que o presidente da Câmara Legislativa, Gim Argello
(PMDB), para aprovar projetos
de regularização de condomínios.
As acusações levaram Aires a
pedir seu afastamento da CPI que
investiga desvio de recursos na
Asefe (Associação dos Servidores
da Fundação Educacional do DF)
para ser utilizado na campanha
de políticos da esquerda em 98.
Márcio e seu irmão Pedro Passos, candidato a deputado distrital pelo PSD, tiveram a prisão decretada pela Justiça na semana
passada sob a acusação de parcelamento irregular de terras em
uma área no Lago Sul, bairro do
DF. Eles estão foragidos.
Roriz é acusado pela oposição
de ser conivente com a grilagem
no DF e com a atuação dos irmãos. Ele já avalizou um empréstimo para os irmãos e Pedro usa
em sua campanha fotos em que
está abraçado ao governador.
A assessoria de imprensa do governador informou que o governo não se pronunciará sobre o caso. Aires disse não conhecer nada
que desabone os deputados. Argello negou.
(SANDRO LIMA)
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