|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara estuda mudar recesso para setembro
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma proposta em discussão na
Câmara é a transferência do recesso parlamentar de julho para
setembro em anos eleitorais.
"Não há país no mundo que a 30
dias da eleição tenha votação no
Legislativo", diz o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), líder
do governo na Câmara.
Para ele, a Constituição deveria
ser alterada para adaptar o calendário legislativo ao eleitoral. Madeira costuma dizer que é um
"equívoco constitucional" prever
trabalho no Congresso um mês
antes das eleições, quando a
maior parte dos deputados e senadores disputa algum cargo.
O presidente da Câmara, Aécio
Neves (PSDB-MG), tem dito que
deputados e senadores não podem ser condenados por estarem
fazendo campanha seja para a
reeleição ou para outro cargo
-como é o caso do próprio Aécio, que disputa do governo de
Minas Gerais. "Seria como condenar a democracia", afirmou.
De acordo com dados do Inesc
(Instituto de Estudos Socioeconômicos), apenas 107 dos 513 deputados não estão disputando a reeleição. Para presidentes de Assembléias Legislativas ouvidos
pela Folha, a redução do número
de sessões por causa da campanha eleitoral não prejudica a
agenda da Casa.
"Os deputados hoje, evidentemente, estão concentrados em
suas campanhas, mas têm responsabilidade institucional. Nos
momentos importantes, tanto
nas comissões como nas votações
em plenário, eles se fazem presentes. Temos uma pauta enorme, os
deputados estão empenhados",
diz o presidente da Assembléia
Legislativa de São Paulo, Walter
Feldman (PSDB).
Segundo o presidente da Assembléia do Pará, Martinho Carmona (PSDB), as mudanças não
implicarão em prejuízos aos trabalhos legislativos. Ele diz que o
expediente da Assembléia continua normal, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
Texto Anterior: Legislativo: Perto dos votos, longe do trabalho Próximo Texto: Razão de Voto - Mauro Francisco Paulino: Mulheres ditam as mudanças Índice
|