LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Gil (Cultura) anunciou ontem que o governo pretende montar até o final do ano cerca de 200 centros culturais para populações excluídas que contarão com estúdios completos de imagem, áudio, vídeo e internet de banda larga.
Até R$ 150 mil serão repassados em dois anos e meio para cada "Ponto da Cultura" -nome que alude à massagem "do-in", na qual se pressiona pontos estratégicos do corpo, e à promessa feita pelo ministro da realização de um "do-in" antropológico" no país. Os pontos escolhidos foram as iniciativas culturais já existentes em comunidades rurais, carentes, indígenas, de periferia e de portadores de deficiência.
Para este ano, 214 projetos já foram selecionados, mas os convênios ainda não foram assinados. A meta é financiar mil pontos até 2006 com recursos do governo.
"Os Pontos da Cultura serão uma ferramenta extraordinária para o mapeamento, para a cartografia não só cultural, mas socioeconômica, política e de cidadania no Brasil", disse Gil. Segundo ele, essa rede cultural espalhada pelo país cria uma base mais democrática de produção artística, sustentando um novo modelo cultural.
O governo vinculará os repasses semestrais a um controle financeiro e à avaliação conceitual dos resultados dos projetos. Porém não haverá imposição sobre os tipos de programas culturais que devem ser realizados.


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