São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / GÊNERO

Mulheres lideram disputa em 4 capitais

Outras seis candidatas, segundo as pesquisas, aparecem em 2º lugar; em Porto Alegre, duas disputam vaga no 2º turno

Vera Chaia, cientista política, afirma que essas postulantes têm perfil diferente das que têm "espaço na vida política só em razão" de parentes


CÍNTIA ACAYABA
THIAGO REIS
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA

Em 2004, o resultado foi um fiasco. Neste ano, no entanto, as mulheres podem mudar o quadro desfavorável a elas nas capitais. Hoje, há quatro mulheres liderando a disputa para as prefeituras, segundo o Datafolha e o Ibope. Outras seis aparecem em segundo lugar -em Porto Alegre, duas disputam uma vaga no segundo turno.
Nas eleições passadas apenas Luizianne Lins (PT) saiu vitoriosa, em Fortaleza. Candidata à reeleição, ela é uma das que aparecem na frente na disputa.
Em Natal, a vitória feminina é dada como certa. Segundo o Ibope, Micarla de Sousa (PV) tem 50%. Em segundo está Fátima Bezerra (PT), com 25%.
Marta Suplicy (PT) é a favorita em São Paulo e vê os dois rivais, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), lutarem pela segunda posição.
Em Belém, a disputa é mais acirrada. Valéria Pires Franco (DEM) está na primeira posição, mas empatada tecnicamente com Duciomar Costa (PTB), que tem a seu favor o fato de concorrer à reeleição.
Para a cientista política Vera Chaia, da PUC-SP, as líderes nas pesquisas "se diferenciam do perfil das que ganham espaço na vida política apenas em razão de seus maridos ou pais".
Além de Manuela D'Ávila (PC do B) e Maria do Rosário (PT), que disputam vaga no segundo turno em Porto Alegre, e de Fátima, Gleisi Hoffmann (PT, Curitiba), Nilmar Ruiz (DEM, Palmas) e Jô Moraes (PC do B, Belo Horizonte) aparecem em segundo lugar.
"A mulher tem a contribuir com a sensibilidade, o cuidar, o criar", diz Micarla.
Para Sônia Malheiros, subsecretária de Articulação Institucional da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência, "essas candidaturas despontando ainda são exceções, mas começam a aparecer em maior número, o que indica processo de mudança".
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 51,7% do eleitorado (67,5 milhões) é feminino -4,7 milhões a mais que os homens.


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