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3 PMs e 5 sem-terra ficam
feridos em confronto no Pontal
em Presidente Epitácio
Três policiais militares e pelo
menos cinco sem-terra ficaram feridos em um confronto entre a PM
e um grupo de trabalhadores rurais sem terra que bloqueou ontem
a rodovia Raposo Tavares, no km
654, em Presidente Epitácio, Pontal do Paranapanema (extremo
oeste de São Paulo).
A sem-terra Teresa Pedroso, 55,
foi baleada no abdômen e teve perfurações no intestino e no baço.
Ela foi operada na Santa Casa de
Presidente Epitácio e, até o final da
tarde de ontem, ainda corria risco
de vida. Os outros sem-terra tiveram ferimentos leves.
Os policiais foram atingidos por
pedradas e pauladas. Os sem-terra
também danificaram carros da PM
e do Corpo de Bombeiros.
O cabo PM Maurilio Gomes da
Silva, 50, suspeito de ser o autor do
disparo que atingiu a sem-terra,
foi transferido para a Santa Casa
de Presidente Venceslau, com ferimentos na cabeça. Os outros PMs
foram medicados e liberados.
O bloqueio da rodovia pelos
sem-terra, ligados à Associação
Brasileiros Unidos Querendo Terra, começou por volta das 10h20.
Eles colocaram pneus e madeira
obstruindo a estrada e atearam fogo. O protesto foi contra o modo
como o Incra está recadastrando
famílias para assentamentos.
A Polícia Rodoviária organizou
desvios e o tráfego no local, por
onde passam 8.000 veículos diariamente, foi normalizado.
Ao perceber o fracasso do bloqueio, os sem-terra decidiram fechar uma ponte sobre o rio Paraná, na mesma rodovia. Houve, então, início de congestionamento.
Um contingente de 30 PMs foi
chamado para liberar o tráfego. Às
13h30, começou o conflito, que
durou cerca de dez minutos.
O capitão PM Paulino Issao Kodama, que comandou a operação,
disse ter obtido autorização da
Justiça para impedir o bloqueio.
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