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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
O homem
Ronaldo Marzagão, ex-policial militar e promotor
aposentado do Ministério Público paulista, deverá ser
o secretário da Segurança do governo de José Serra.
Marzagão esteve na pasta, em função subordinada, na
gestão Montoro. Depois, ocupou a Secretaria Nacional de Entorpecentes no governo Sarney, durante a
passagem de Saulo Ramos pelo Ministério da Justiça.
Embora muito amigo do também promotor aposentado Luiz Antonio Fleury, Marzagão, de pouco
menos de 60 anos, pertence ao grupo adversário do
ex-governador (e do secretário Saulo de Castro Abreu
Filho) dentro do MP, no qual se destacam o ex-procurador geral Luiz Antonio Marrey -que será o titular
da Justiça- e o atual, Rodrigo Pinho.
Não-assunto. O escândalo
do dossiê ficou de fora da conversa entre Lula e os petistas.
Nem Marco Aurélio Garcia,
quando fez o balanço da atuação do partido nas eleições, se
referiu ao episódio.
Pela ordem. Famosos pelas reuniões intermináveis, os
dirigentes petistas sugeriram
a Lula que a comissão política
do partido seja recebida pelo
menos uma vez por mês no
Planalto. O presidente até
concordou, mas rapidamente
destacou Tarso Genro para
atender às demandas da sigla.
O tema é... Petistas presentes ao encontro com Lula
ficaram com a impressão de
que o presidente tratou logo
de criticar a equipe econômica e cobrar "propostas concretas" a fim de deixar claro
que não estava ali para ouvir
choradeira por cargos. Se foi
isso, funcionou: os dirigentes
preferiram ficar na defensiva.
Espetado 1. Gu Anghu,
acupunturista do presidente,
tem em seu consultório em
Brasília, além de várias fotos
de Lula e Marisa, imagens em
que aparece ao lado de outras
autoridades. A mesa da recepcionista, por exemplo, era
adornada havia tempos por
uma de Aloizio Mercadante.
Espetado 2. Um cliente do
consultório notou que, pós-feriado de Finados, no qual o
médico acompanhou Lula no
descanso na Bahia, a foto de
Mercadante sumiu. Foi substituída pelas de Dilma Rousseff e Guido Mantega.
Sujeito oculto. Antes da
entrevista do presidente do
PMDB, Michel Temer, na terça, a trinca que comanda as
negociações do partido com o
governo -Renan Calheiros,
José Sarney e Jader Barbalho- esteve com Lula no Palácio do Alvorada. O grupo
disse ao presidente ver o dedo
de José Dirceu nas investidas
do PT contra o partido.
Afago. Logo após a líder do
PT no Senado, Ideli Salvatti
(SC), reclamar para o PT a liderança do governo na Casa, o
chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, ligou para Romero Jucá (RR) a fim de agradecer seu trabalho na função.
Em todas. Enquanto tenta
se cacifar na disputa pela presidência da Câmara, Eunício
Oliveira (PMDB) também
trabalha para garantir o comando da Assembléia Legislativa do Ceará com o aliado
Domingos Filho (PMDB), deputado estadual que lidera o
bloco de apoio ao governador
eleito Cid Gomes (PSB).
Página virada. Os governistas da Assembléia Legislativa de São Paulo pretendem
votar a LDO na semana que
vem a fim de abrir caminho
para negociar um pacote com
os deputados estaduais. A
tentativa de "acordão" inclui
Orçamento de 2007, composição da Mesa e mudanças no
regimento da Casa para acelerar a aprovação de projetos.
Sem lenço. O TSE intimou
Ana Maria Rangel a apresentar, num prazo de 72 horas, a
prestação de contas de sua
campanha à Presidência da
República. A candidata derrotada do PRP tinha comunicado ao tribunal que não tem
CNPJ, conta corrente da campanha nem recibos para comprovar doações e gastos.
Tiroteio
"Como ficou demonstrado com o apagão aéreo,
as Forças Armadas no governo Lula estão,
literalmente, com o "pires" na mão".
O deputado PAUDERNEY AVELINO (PFL-AM) faz piada com o nome do
ministro da Defesa para comentar as divergências entre civis e militares quanto às medidas para solucionar o caos nos aeroportos.
Contraponto
Cola
Em reunião com deputados para discutir as verbas da
Cultura em 2007, o ministro Gilberto Gil lembrava que o
governo ainda não atingiu a meta sugerida pela ONU de
gastar 1% do Orçamento da União nessa área.
-Mas os recursos triplicaram em relação a FHC-, observou Jorge Bittar (PT-RJ), escudeiro do Planalto.
Chico Alencar (PSOL-RJ) viu Paulo Rubem (PT-PE) fazendo anotações. Memorizou os dados e pediu a palavra:
-É, mas o montante representa menos que 2% do gasto
com juros e serviço da dívida pública neste ano!
Antes que o chamassem de radical, Alencar emendou:
-Foi um petista sincero aqui do lado que fez as contas.
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