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Missão diplomática brasileira enfrenta ações trabalhistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil não está imune à
ações trabalhistas no exterior.
A União já pagou mais de US$
1,1 milhão em indenizações a
trabalhadores de embaixadas
brasileiras. O país perdeu a
maioria dos processos movidos
em território estrangeiro.
O Itamaraty orienta que as
missões diplomáticas brasileiras cumpram as leis locais e o
pagamento quando há condenação pela Justiça. Foi a forma
que o Brasil encontrou para incentivar países em missão diplomática no Brasil a respeitarem a legislação brasileira, segundo o MRE (Ministério das
Relações Exteriores). Para evitar atritos diplomáticos, o Itamaraty orienta, com cartilhas,
Estados estrangeiros sobre como seguir as leis nacionais.
Levantamento feito pelo advogado Antenor Madruga nos
arquivos do MRE revela que o
Brasil perdeu a maioria das
ações movidas contra embaixadas brasileiras. Dos 88 processos analisados, 52 resultaram
em pagamento de indenizações. Nessas 52 condenações,
22 pagamentos (42%) foram
efetuados por meio de acordo e
30 sentenças (58%) foram pagas sem acordo.
"O Brasil tem sido coerente.
Quando contrata fora, cumpre
a legislação", observou o advogado Rubens Santoro, que defende ações de trabalhadores
de embaixadas e organismos
internacionais no Brasil.
O Brasil também já enfrentou casos de penhora. O extinto
Loyd Brasileiro, em Roma, teve
bens apreendidos pela Justiça
italiana. "Em caso de penhora,
é preciso provar que há uso para a missão diplomática. Só assim é possível reverter o bloqueio", disse Madruga.
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