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ESTADOS
Senador baiano tentava demonstrar privilégio a SP na distribuição de verbas
Covas rebate números de ACM
da Reportagem Local
O governador de São Paulo,
Mário Covas (PSDB), apresentou
ontem números que contrariam
os dados divulgados pelo senador
Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) em que tentava demonstrar
que São Paulo é privilegiado na
distribuição de verbas federais.
"A Bahia foi escandalosamente
beneficiada por uma bobagem
que o governo federal fez, inaceitável, que foi o processo da instalação da Ford", respondeu Covas.
Segundo relatório distribuído
anteontem pela Consultoria Legislativa do Senado, coube a São
Paulo 68% dos R$ 126 bilhões do
Programa de Renegociação das
Dívidas de São Paulo (em valores
atualizados, R$ 85,9 bilhões). O
restante foi para os outros 24 Estados, com dívidas muito inferiores à de São Paulo.
Já pelos números apresentados
por Covas, baseados em informações divulgadas pelo Ministério
da Fazenda, o total da dívida assumida pela União no programa de
refinanciamento foi de R$ 94,2 bilhões, cabendo a São Paulo R$
50,4 bilhões -ou seja, 53%.
"Se São Paulo refinanciou mais,
o que é óbvio já que sua dívida era
muito maior, também vem pagando mais", disse o governador.
Segundo ele, o Tesouro paulista já
pagou R$ 15,4 bilhões dos R$ 50,4
bilhões refinanciados em 97.
Pelos números apresentados
pelo governador, nos últimos cinco anos São Paulo teve dois projetos com financiamento do Banco
Mundial aprovados pelo Senado,
totalizando US$ 110 milhões. "Já a
Bahia teve três, num total de US$
306 milhões", disse.
Somando outros empréstimos
externos, o governo da Bahia recebeu, segundo o governador tucano, US$ 800 milhões, desde 95.
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