DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná aprovou com ressalvas, ontem, as contas de campanha do governador eleito do Paraná, Roberto Requião (PMDB), depois de terem sido barradas por ilegalidades na lista de doadores financeiros. Quatro juízes votaram a favor, um votou contra.
As contas de campanha correram risco de serem rejeitadas porque entre os doadores apareceram quatro emissoras de TV do empresário e candidato derrotado ao Senado Paulo Pimentel (PMDB). As doações de emissoras de rádio e TV são proibidas pela lei eleitoral por se tratarem de concessionárias de serviço público.
Para escapar da ameaça de Requião responder a processo de cassação, o diretório regional do PMDB tomou um empréstimo no mercado, de R$ 400 mil, para cobrir o financiamento das emissoras. Requião declarou ter gasto na campanha R$ 3,56 milhões.
O coordenador jurídico da campanha de Requião, Luiz Carlos Delazari, disse considerar o episódio "encerrado". "Os lançamentos mostraram que não houve má-fé, apenas falha na interpretação da lei." Paulo Pimentel e Requião não foram encontrados para comentar o caso. (MARI TORTATO)


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