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MST receberá
R$ 1 milhão do Brasil Sem Fome
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Assentamentos do MST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) vão dividir R$ 1
milhão liberados pelo Fundo
Brasil Sem Fome para produzir
feijão ainda na chamada ""safrinha de verão", com plantio a
partir de janeiro. A idéia é que
quatro meses depois, o resultado da colheita seja distribuído
em bolsões de pobreza do país.
A liberação do recurso fará
parte de um projeto-piloto de
estímulo à produção de feijão e
arroz para erradicação da fome, a ser implementado paralelamente ao Fome Zero.
O projeto foi aprovado ontem, na primeira reunião do
Conselho Estratégico do fundo,
entidade derivada da ONG
Ação da Cidadania Contra a
Fome, a Miséria e Pela Vida,
realizada em Curitiba.
Criado há dez anos pelo sociólogo Herbert de Souza, o
movimento arrecadou neste
ano cerca de R$ 600 mil em
doações telefônicas, segundo
estimativa do coordenador
Maurício Andrade.
A parte do bolo que seguirá
aos assentamentos para o plantio de feijão será retirada das
doações em dinheiro da campanha deste ano. João Pedro
Stedile, da cúpula nacional do
MST, disse que o projeto pode
atender até 100 mil famílias.
O estímulo à produção de alimentos foi uma das propostas
práticas tiradas da primeira
reunião do conselho estratégico do fundo. O encontro realizado na Pastoral da Criança,
em Curitiba, indicou o bispo de
Mariana e ex-presidente da
CNBB (Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil) dom Luciano Mendes de Almeida como presidente da entidade.
Dela também participam o
professor Plínio de Arruda
Sampaio e a coordenadora da
Pastoral da Criança, Zilda
Arns, além de dirigentes da
CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST. Executivos
e profissionais de órgãos públicos também integram o movimento. Segundo Sampaio, o
conselho não pretende ditar
caminhos ao futuro governo,
mas fazer sugestões.
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