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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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PAINEL

No fígado
A oposição no Senado apresentará pedido de CPI sobre o assassinato de Celso Daniel e as denúncias de corrupção na administração petista em Santo André. Até ontem, 25 senadores haviam assinado o pedido. Outros dois prometem fazê-lo hoje.

Por pontos
Se as assinaturas chegarem a 27, a investigação será instalada, porque não há CPIs na fila no Senado. O governo já trabalha para esvaziar a lista. Se falhar, pode engessar a comissão colocando um aliado na relatoria.

De confiança
Com respaldo do Planalto, Roseana Sarney tentará conquistar a liderança do PFL no Senado, hoje nas mãos de José Agripino (RN). A maranhense tem o apoio de 7 dos 16 senadores pefelistas e busca outros dois.

Menos ruído
Os relatórios de prestação de contas de alguns ministros contribuíram para que o governo desistisse de promover uma reunião pública de fim de ano com exposições dos titulares de cada pasta. Concluiu-se que o conteúdo daria menos margem a festa do que a cobranças.

Outra forma
O Ministério do Trabalho não considera que houve acréscimo de 1,5 milhão de desempregados no primeiro ano do governo Lula. O número, diz a pasta, refere-se ao crescimento da população em busca de emprego nas regiões metropolitanas.

Do próprio veneno
Lula em 2000: "Se eu ganhasse a Presidência para fazer o que FHC está fazendo, preferiria que Deus me tirasse a vida antes. Para não passar vergonha". A frase circula na internet por obra da Democracia Socialista, tendência petista de Heloísa Helena.

Cozinha peemedebista
Eunício Oliveira (CE) trabalha para que José Borba seja seu sucessor na liderança do PMDB caso vire ministro. O paranaense respondeu a processo de cassação por ter votado em nome de um colega na Câmara.

Sinal vermelho
O Ministério Público do Paraná entrou com ação para anular benefícios fiscais concedidos pelo ex-governador Jaime Lerner às montadoras Audi e Renault.

Sonho meu
Marta Suplicy promoveu inflexão em seu discurso eleitoral. No balanço da administração, disse que "sonha" governar São Paulo por oito anos. Mas não se comprometeu a permanecer no cargo por todo o segundo mandato, caso vença em 2004.

Porta aberta
O ajuste verbal de Marta se deve às críticas recebidas de dirigentes petistas meses atrás, quando a prefeita tornou pública a possibilidade de deixar o cargo para disputar a sucessão de Geraldo Alckmin. Sem fechar portas, ela evitará o tema 2006.

Carta de intenções
O PP dará "prioridade absoluta" a seus deputados nas prévias para as eleições de 2004. Só falta combinar com Paulo Maluf, possível candidato em São Paulo e campeão de votos no partido.

Carteira vazia
O PV não sabe se usará os dois minutos de rádio e TV a que tem direito no dia de Natal: "Falta dinheiro", diz Zequinha Sarney (MA), líder da sigla na Câmara.

Diário de bordo
A Câmara acatou pedido de Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) para que o ministro José Viegas (Defesa) preste esclarecimentos sobre viagens à Índia, China, Turquia e Rússia.

Visita à Folha
Carlos Lessa, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Darc Costa, vice-presidente do BNDES, e de Paulo Totti, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do governador Eduardo Braga (PPS-AM), sobre as reformas aprovadas pelo Congresso:
-Foram as possíveis. O ideal seriam reformas mais profundas, mas aí não haveria como aprová-las no Congresso.

CONTRAPONTO

Pena incendiária

Em abril de 1983, os governadores Tancredo Neves e Leonel Brizola testemunharam a crise enfrentada pelo colega Franco Montoro em razão do famoso protesto contra o desemprego e o custo de vida em que foram derrubadas algumas grades do Palácio dos Bandeirantes.
Preocupado com os possíveis efeitos do incidente sobre o processo de abertura política, Montoro foi à entrada do palácio dialogar com os manifestantes.
Tancredo e Brizola, que visitavam São Paulo na ocasião, decidiram divulgar um manifesto de apoio a Montoro. Coube a Mauro Santayana, assessor do governador de Minas, redigir o texto.
Com vôo marcado para voltar a seu Estado, Tancredo foi o primeiro a assinar. Conhecedor do estilo de Brizola, fez uma advertência antes de entregar o manifesto ao governador do Rio:
-Retire o que quiser, mas, por favor, não acrescente nada.


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