DA REPORTAGEM LOCAL

A exemplo do que fez José Serra após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, Geraldo Alckmin planeja não se colocar publicamente, pelo menos por enquanto, como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo em 2008.
Mas, a seu grupo político, afirmou que não descarta a hipótese como forma de manter o partido forte no Estado caso Marta Suplicy (PT) apareça à frente das primeiras pesquisas.
Questionado sobre a candidatura, Alckmin, em conversa com a Folha na semana passada, se limitou a dizer: "Farei o que puder para que o PSDB volte a vencer", mas deixou claro que se referia a um projeto nacional para o partido.
A possibilidade de Alckmin concorrer à prefeitura pode esbarrar no acordo que Serra mantém com o prefeito Gilberto Kassab e seu grupo no PFL.
Por mais que o desejo de Serra seja ter Kassab encabeçando uma chapa com o PSDB, mesmo os mais fiéis aliados dele sabem que o governador eleito pouco poderá fazer para "barrar" uma candidatura de Alckmin caso o tucano apareça nas pesquisas como o único nome do partido viável para a eleição.
O temor dos "serristas" é que Alckmin, se ganhar a batalha com Marta, possa "nacionalizar" a disputa e novamente ser um candidato a presidente viável em 2010, especialmente se o governo Lula for mal na economia, principal bandeira da campanha tucana deste ano.
O grupo de Serra também acredita que Alckmin e Aécio Neves possam formar uma "parceria" para disputar a Presidência, deixando Serra em posição difícil dentro do partido. (JAB)

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