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Deputados querem ajuda do Coaf
ANA PAULA GRABOIS
DA FOLHA ON LINE
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
A comissão criada pela Assembléia Legislativa do Rio quer ajuda
do Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, para descobrir se há outras contas no exterior em nome dos fiscais investigados sob suspeita de enviar ilegalmente dinheiro para a Suíça.
O advogado Luiz Paulo Viveiros
de Castro, representante da deputada Heloneida Studart (PT) na
comissão, disse que o grupo irá a
Brasília formalizar a parceria, até
agora informal, com o Coaf.
A comissão de deputados já sabe que uma pessoa identificada
como Herry Roselberg é representante no Rio do banco suíço
Discount Bank and Trust Company -para o qual o dinheiro teria sido enviado- e do Scontinvest Equity Fund Management
Company, de Luxemburgo, paraíso fiscal europeu.
O deputado estadual Carlos
Minc (PT) disse que pedirá informações sobre empréstimos concedidos pelo Fundes (Fundo de
Desenvolvimento Econômico e
Social), uma linha de crédito da
Secretaria Estadual de Fazenda
para grandes empresas.
Segundo Minc, as empresas tinham autorização legal para retirar antecipações de 75% do ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) de importação a pagar. Havia empréstimos superiores a R$ 1 bilhão, com
taxas de juros de 3% ao ano.
Quem calculava o valor do
ICMS, segundo Minc, eram auditores da Receita, fiscais da Inspetoria de Grandes Contribuintes e
funcionários da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro).
"Pode ter começado aí a atuação desse grupo do Silveirinha",
disse. Segundo Minc, é possível
que o grupo tenha de 15 a 20 fiscais. Pode haver também, disse,
mais contas no exterior, tanto em
nome das pessoas hoje investigadas como de outras. O deputado
quer criar um disque-denúncia
em auxílio à CPI a ser criada na
Assembléia para apurar o caso.
O procurador-geral de Justiça
do Estado, Antonio Vicente da
Costa Júnior, disse que empresários dispostos a relatar extorsões
poderão colaborar com as investigações, recebendo em troca o perdão judicial. "É o que chamamos
de delação premiada. É uma
eventualidade, não um direito."
Colaborou HENRI CARRIÈRES, da Sucursal do Rio
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