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Ex-assessor afirma que Garotinho lhe telefonou
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-subsecretário-adjunto de
Administração Tributária Rodrigo Silveirinha Corrêa, suspeito de
comandar um esquema de corrupção durante a administração
Anthony Garotinho (1999-abril
2002), disse ontem que o ex-governador tinha "liberdade e autoridade" para lhe telefonar "quando quisesse".
Em entrevista, por escrito, à rádio "CBN", Silveirinha afirmou
que Garotinho havia telefonado
no último dia 7, três dias antes do
escândalo vir a público, pedindo
explicações.
"Não fui eu que liguei para ele
[Garotinho". Foi ele que telefonou
para minha casa, cerca de 22h30
de terça-feira, 7 de janeiro. [Isso"
demonstra que ele tinha liberdade
e autoridade para telefonar para
minha casa quando quisesse",
afirmou Silveirinha.
Em entrevista publicada ontem
pela Folha, ele disse que não era
próximo do ex-governador nem
era amigo da família. "A relação
entre mim e o ex-governador
sempre foi de ordem técnico-profissional. Às vezes em que estive
reunido com o ex-governador foi
para tratar de assuntos na esfera
de minha competência. Não mantinha contatos frequentes nem era
amigo da família", afirmou.
A assessoria de imprensa de Garotinho informou que ele não comentaria o assunto.
Silveirinha, três fiscais de renda
do Estado e quatro auditores federais são suspeitos de enviar ilegalmente US$ 36 milhões para
um banco na Suíça, dos quais US$
9,6 milhões pertenceriam ao ex-subsecretário.
Na entrevista, Silveirinha disse
que pode estar servindo de bode
expiatório de um possível esquema de extorsão e desvio de dinheiro público na Secretaria de
Fazenda.
"Até porque, a julgar pelo linchamento a que estou sendo submetido (ainda nem sequer fui
chamado a depor e já estão me
considerando culpado...), temo
sofrer a crucificação moral que
atingiu, por exemplo, os proprietários da Escola Base há alguns
anos, em São Paulo."
O fiscal disse que ainda não
pensa em entrar com uma ação
contra o ex-governador que o
chamou de "bandido".
Ele voltou a negar que tenha
conta na Suíça. "Continuo sem
saber quem abriu essa conta (se é
que ela existe mesmo) em meu
nome, sem meu conhecimento e
com uma soma de dinheiro que
nunca tive", afirmou.
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