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Dirceu diz que
governo já tem votos suficientes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro-chefe da Casa
Civil, José Dirceu, disse que
o governo vai contar, na sua
avaliação, com número suficiente de votos na Câmara e
no Senado para aprovar as
reformas tributária e da Previdência, que exigem 60%
dos votos dos congressistas.
Segundo o ministro, o possível quadro favorável se
manterá mesmo que a história dos grampos telefônicos
na Bahia se transforme em
uma CPI. Ele disse ter certeza de que o PMDB vai aderir
formalmente à base de sustentação Legislativa do governo, fator preponderante
para a garantia da maioria.
"Essa é a vontade do presidente, do governo, dos líderes do governo, do PT e da
base aliada. Justamente para
o governo ter estabilidade e
maioria no Congresso para
além de possíveis turbulências no Congresso", disse ele,
para quem a adesão peemedebista é questão de tempo.
"Vamos ter maioria, independente do clima que se viva no Congresso."
Apesar das costuras para a
aliança PMDB-governo, as
primeiras semanas de trabalho legislativo não devem ser
reservadas para a discussão
das reformas. Na Câmara,
haverá hoje a definição dos
nomes que comporão as comissões permanentes. O PT
presidirá três delas.
Os líderes da base aliada se
reúnem na manhã de hoje
para tentar traçar um cronograma de votações de 31
MPs que, em determinado
momento, podem trancar a
pauta de votações caso não
sejam apreciadas.
A primeira, que autoriza o
Executivo a doar vacinas e
equipamentos de combate à
febre aftosa ao Paraguai, já
tranca a pauta a partir do
próximo sábado. "Não há
medidas provisórias polêmicas na pauta, portanto, há
certa facilidade para o entendimento entre os líderes e a
rápida apreciação e votação", afirmou o deputado
Aldo Rebelo (PC do B-SP),
líder do governo na Câmara.
Pontos das reformas tributária e previdenciária, como
a discussão sobre autonomia
do Banco Central e a criação
dos fundos de previdência
complementar, dependem
ainda de acerto de líderes.
No Senado, a primeira sessão ocorre na quarta, sendo
que na pauta há duas propostas de emenda constitucional e quatro projetos de
lei. As emendas são a que
trata do fim do voto secreto
nas sessões para analisar
perda de mandato e a que estabelece fixação de teto para
concessão de benefícios a
aposentados. Nas próximas
semanas, temas como a reforma política e judiciária
devem entrar na pauta.
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