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RIO
Carro é esmurrado na saída da Assembléia; governadora culpa "radicais" do PT e PSTU
Servidores cercam Rosinha por 13º
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
A governadora Rosinha Matheus (PSB-RJ) ficou encurralada
ontem à tarde na sede da Assembléia Legislativa do Rio, depois
que servidores estaduais ocuparam todas as entradas do prédio,
numa manifestação que reuniu
cerca de 200 pessoas.
Quando conseguiu sair, teve seu
carro esmurrado por dezenas de
manifestantes, que protestavam
contra o atraso do pagamento do
13º salário.
A governadora foi avisada de
que os manifestantes haviam cercado o Palácio Tiradentes ao fim
da cerimônia que deu início aos
trabalhos do Legislativo estadual.
Rosinha foi levada para a sala do
presidente da Casa, o deputado
Jorge Picciani (PMDB), onde permaneceu por cerca de 20 minutos.
As quatro saídas do palácio estavam tomadas por manifestantes
de sindicatos de diversas categorias, principalmente representantes dos professores e de servidores
da Justiça, que carregavam faixas
e gritavam palavras de ordem.
Para conseguir sair, a governadora utilizou um elevador privativo que a levou direto ao carro oficial, que a aguardava numa saída
lateral. Ao sair, manifestantes cercaram o veículo e começaram a
esmurrá-lo.
A assessoria de imprensa da governadora afirmou que ela sabia
do protesto, mas que, ainda assim, decidiu ir à cerimônia. No
entanto, logo após seu discurso,
Rosinha enviou um bilhete a Picciani, dizendo que não poderia ficar até o fim do evento. Até então,
os manifestantes não haviam chegado ao prédio.
Mas o deputado pediu que ela
ficasse, para ouvir os pronunciamentos de alguns líderes. Quando
acabaram os discursos, os servidores já aguardavam Rosinha.
Nota
À noite, a governadora divulgou
uma nota em que diz que os manifestantes eram "radicais" do PT
e do PSTU. Segundo ela, a conclusão foi do coordenador do Gabinete Militar, Mauro Monteiro, depois de analisar as imagens do
protesto na TV.
A nota afirma que o carro que
levava Rosinha ficou com a lataria
amassada e sem uma maçaneta e
teve uma lanterna quebrada.
A responsabilidade pela má situação financeira do Estado vem
sendo motivo de disputa entre
Rosinha e sua antecessora, Benedita da Silva (PT), que herdou o
cargo, em abril do ano passado,
de Anthony Garotinho (PSB),
marido da atual governadora.
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