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São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 2003

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RIO

Carro é esmurrado na saída da Assembléia; governadora culpa "radicais" do PT e PSTU

Servidores cercam Rosinha por 13º

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A governadora Rosinha Matheus (PSB-RJ) ficou encurralada ontem à tarde na sede da Assembléia Legislativa do Rio, depois que servidores estaduais ocuparam todas as entradas do prédio, numa manifestação que reuniu cerca de 200 pessoas.
Quando conseguiu sair, teve seu carro esmurrado por dezenas de manifestantes, que protestavam contra o atraso do pagamento do 13º salário.
A governadora foi avisada de que os manifestantes haviam cercado o Palácio Tiradentes ao fim da cerimônia que deu início aos trabalhos do Legislativo estadual. Rosinha foi levada para a sala do presidente da Casa, o deputado Jorge Picciani (PMDB), onde permaneceu por cerca de 20 minutos.
As quatro saídas do palácio estavam tomadas por manifestantes de sindicatos de diversas categorias, principalmente representantes dos professores e de servidores da Justiça, que carregavam faixas e gritavam palavras de ordem.
Para conseguir sair, a governadora utilizou um elevador privativo que a levou direto ao carro oficial, que a aguardava numa saída lateral. Ao sair, manifestantes cercaram o veículo e começaram a esmurrá-lo.
A assessoria de imprensa da governadora afirmou que ela sabia do protesto, mas que, ainda assim, decidiu ir à cerimônia. No entanto, logo após seu discurso, Rosinha enviou um bilhete a Picciani, dizendo que não poderia ficar até o fim do evento. Até então, os manifestantes não haviam chegado ao prédio.
Mas o deputado pediu que ela ficasse, para ouvir os pronunciamentos de alguns líderes. Quando acabaram os discursos, os servidores já aguardavam Rosinha.

Nota
À noite, a governadora divulgou uma nota em que diz que os manifestantes eram "radicais" do PT e do PSTU. Segundo ela, a conclusão foi do coordenador do Gabinete Militar, Mauro Monteiro, depois de analisar as imagens do protesto na TV.
A nota afirma que o carro que levava Rosinha ficou com a lataria amassada e sem uma maçaneta e teve uma lanterna quebrada.
A responsabilidade pela má situação financeira do Estado vem sendo motivo de disputa entre Rosinha e sua antecessora, Benedita da Silva (PT), que herdou o cargo, em abril do ano passado, de Anthony Garotinho (PSB), marido da atual governadora.


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