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OUTRO LADO
"Está tudo na contabilidade", afirma advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado da construtora
OAS no caso Gigante, Marcio
Thomaz Bastos, disse que não
há como comprovar crime de
evasão de divisas ou sonegação
fiscal no processo que envolve
a empresa. Segundo ele, a documentação apreendida pela
Polícia Federal se refere a investimentos no exterior registrados pela OAS.
"Está tudo na contabilidade",
afirmou o advogado. Bastos
disse ainda que "a empresa
cresceu muito nos últimos
anos e investiu no exterior".
Segundo o advogado, os documentos de oito diretores da
empresa apreendidos com José
Raul Sena Gigante, ex-diretor
da OAS, foram contabilizados.
"O problema é a mentalidade
provinciana de algumas pessoas, inclusive de delegados,
que acham que tudo o que é feito fora é paraíso fiscal, é crime."
"Não tenho preocupação
com esse caso. Tudo é explicável. Não acho que tenha nada
com o que me preocupar", afirmou. Segundo Bastos, o processo está correndo muito lentamente.
Quando questionado sobre a
utilização política do caso, o
advogado disse que a OAS "está pagando o preço dessa guerra de bisontes (boi selvagem)."
Ele se referia à disputa política entre o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O advogado de Gigante, Leônidas Scholz, não foi localizado
ontem pela Folha. A reportagem deixou recados pela manhã em sua casa e no celular,
mas não obteve resposta.
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