São Paulo, domingo, 18 de março de 2001

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OUTRO LADO

"Está tudo na contabilidade", afirma advogado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado da construtora OAS no caso Gigante, Marcio Thomaz Bastos, disse que não há como comprovar crime de evasão de divisas ou sonegação fiscal no processo que envolve a empresa. Segundo ele, a documentação apreendida pela Polícia Federal se refere a investimentos no exterior registrados pela OAS.
"Está tudo na contabilidade", afirmou o advogado. Bastos disse ainda que "a empresa cresceu muito nos últimos anos e investiu no exterior".
Segundo o advogado, os documentos de oito diretores da empresa apreendidos com José Raul Sena Gigante, ex-diretor da OAS, foram contabilizados.
"O problema é a mentalidade provinciana de algumas pessoas, inclusive de delegados, que acham que tudo o que é feito fora é paraíso fiscal, é crime."
"Não tenho preocupação com esse caso. Tudo é explicável. Não acho que tenha nada com o que me preocupar", afirmou. Segundo Bastos, o processo está correndo muito lentamente.
Quando questionado sobre a utilização política do caso, o advogado disse que a OAS "está pagando o preço dessa guerra de bisontes (boi selvagem)."
Ele se referia à disputa política entre o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O advogado de Gigante, Leônidas Scholz, não foi localizado ontem pela Folha. A reportagem deixou recados pela manhã em sua casa e no celular, mas não obteve resposta.



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