|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AMAZONAS
Ministério Público denuncia esquema de obras fantasmas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O Ministério Público do
Estado do Amazonas descobriu supostas obras fantasmas que podem ter gerado
um rombo de R$ 17,2 milhões aos cofres do governo
estadual. As acusações levaram o secretário estadual da
Infra-Estrutura, Marco Aurélio de Mendonça, a pedir
afastamento do cargo no final de semana. O governador
Eduardo Braga (PMDB)
aceitou o pedido.
Na sexta-feira, promotores de Justiça responsáveis
pela investigação pediram à
Justiça o seqüestro e a indisponibilidade dos bens e imóveis e a quebra dos sigilos
bancário e fiscal do secretário, do presidente do consórcio Conaltosol e prefeito de
Santo Antônio do Içá (AM),
Antunes Bitar Ruas (PPS), e
do empresário Alexandre
Magno Fernandes Lages, sócio da Pampulha Construções e Montagens. A Justiça
ainda não se pronunciou.
Eles são suspeitos de atos
de improbidade administrativa e podem ter de ressarcir
aos cofres públicos do Amazonas R$ 17.246.040,10.
Três engenheiros da Seinf
(Secretaria de Estado da Infra-Estrutura) e prefeitos de
quatro municípios também
são citados pela Promotoria.
Segundo o Ministério Público, a empresa Pampulha
não fez obras em nenhum
município, "são obras inexistentes", aponta o relatório.
Por meio de nota, Mendonça afirmou que seu afastamento do cargo é temporário, para deixar o governo, a
Promotoria e a Justiça à vontade para investigarem. "Estou tranqüilo e consciente de
que não fiz nada irregular.
Respondi a todas as convocações do Ministério Público
[...]. Agora, pretendo apresentar meus argumentos."
Ontem, o governador
Eduardo Braga (PMDB) não
havia indicado um outro nome para a pasta. Em seu programa de rádio "Fala Governador", no fim de semana,
Braga responsabilizou o consórcio Conaltosol por obras
não realizadas.
A reportagem não localizou ontem o presidente do
consórcio Conaltosol e prefeito de Santo Antônio do
Içá, Antunes Bitar Ruas
(PPS), e o empresário Alexandre Magno Fernandes
Lages, sócio da Pampulha
Construções e Montagens.
(KÁTIA BRASIL)
Texto Anterior: Gushiken nega repasses da Secom no caso mensalão Próximo Texto: Justiça suspende mandatos de 9 deputados de Alagoas Índice
|