DO ENVIADO A PARAUAPEBAS
DA REDAÇÃO

Em nota divulgada ontem, a Vale disse que as recentes invasões e os bloqueios a ferrovias e instalações da empresa têm criado um "ambiente negativo" para a ampliação dos investimentos no país.
"Há muito tempo, a Vale vem alertando as autoridades de que este clima de desrespeito ao Estado de Direito cria um ambiente negativo para o crescimento dos investimentos no nosso país, em especial para o Pará, região que apresenta um dos maiores potenciais de crescimento e geração de renda e emprego", afirma a nota.
No texto, cujo título é "MST promove mais um dia de crimes e terror no Pará", responsabiliza só o MST, sem citar os garimpeiros. Segundo a empresa, "cerca de 10 mil trabalhadores que prestam serviços para a Vale tiveram que interromper suas atividades por causa da invasão" à ferrovia, bloqueada por sete horas. "A Vale reafirma que não vai se calar diante de ameaças de grupos que atuam à margem da lei", diz a nota.
De acordo com a assessoria da Vale, a Justiça Federal de Marabá determinou a "abertura de inquérito policial para apuração de crime de desobediência à ordem judicial" e a "apreensão de equipamentos utilizados pelos invasores para a ocupação da ferrovia".
O governo do Pará disse que vem "mobilizando todos os esforços para preservar a paz, a segurança, o direito de trabalhar e de ir e vir de todos os seus habitantes". Segundo nota divulgada ontem, o Estado deslocou para Parauapebas "todas as autoridades estaduais da área de segurança pública" e está disposto a manter o diálogo com os movimentos sociais, mas sem "tolerar abusos".
"O governo do Pará tem convicção de que o diálogo e a negociação são os melhores instrumentos para a solução de conflitos", informa a nota.


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