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OUTRO LADO
Citados por Nicéa negam qualquer envolvimento
DA REPORTAGEM LOCAL
""Maluca" e ""mentirosa contumaz" foram alguns dos adjetivos utilizados ontem pelos
acusados de irregularidades
pela ex-primeira-dama Nicéa
Pitta para se defender.
O advogado Cid Vieira de
Souza Filho classificou a acusação de Nicéa como ""delírio" e
disse que pretende processar
criminalmente a ex-primeira-dama por difamação.
Souza Filho foi apontado por
Nicéa como tendo proposto à
família Pitta que reagisse às
pressões de Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) para o
pagamento à OAS, exibindo
uma foto do senador acompanhado de um dos acusados de
envolvimento em corrupção.
""Nunca conversei com ela ou
com o prefeito sobre esse assunto. Até porque não vejo nada demais no fato de alguém tirar uma foto. Tenho muito respeito e admiração por ACM."
O pianista João Carlos Martins, acusado pela ex-primeira-dama de ter atuado como intermediador de subornos entre
o prefeito e empresários de ônibus, referiu-se a ela como
""mentirosa contumaz".
""Essa reunião nunca existiu.
Façam uma acareação e quero
ver se ela reconhece alguém.
Sobre ela ter dito que o filho
Victor ficou surpreso ao receber dinheiro de mim na Europa, tenho registros telefônicos
que provam que falei com ele
três vezes sobre isso antes de ele
retirar o dinheiro", afirmou.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a empresa Enterpa
Engenharia declarou que não
forneceu recursos de qualquer
espécie à ex-primeira-dama.
Responsável pela coleta de lixo da cidade até dois anos e
meio atrás, a empresa afirma
não ter mais nenhum tipo de
relação comercial com a Prefeitura de São Paulo.
Já o empresário Naji Nahas
classificou de "absurda" a afirmação feita por Nicéa de que
ele cuidaria das contas bancárias e dos investimentos de Pitta. "Ela está delirando. Pitta
não precisa de mim para cuidar
das contas dele", declarou.
O empresário e ex-senador
Gilberto Miranda afirmou que
não pressionou Pitta para que a
prefeitura pagasse dívida com a
construtora OAS e que não
vendeu computadores para a
Prodam. "É mentira. Essa mulher está maluca."
O deputado federal José Índio (PMDB-SP) afirmou, por
intermédio de nota, que "jamais" recebeu dinheiro do prefeito. "Em dez anos de mandato como vereador, nunca participei de qualquer esquema para aprovar projetos na Câmara
Municipal em troca de qualquer tipo de recompensa."
O empresário Hilton Amorim e a vereadora cassada Maeli Vergniano não foram localizados. Até o fechamento da
edição, o secretário de Governo
Carlos Augusto Meinberg não
havia telefonado de volta para
comentar o caso.
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