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Novo modelo recebe críticas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O vice-presidente da CUT
(Central Única dos Trabalhadores) em Mato Grosso do Sul, Antônio Castilho, disse que os sem-terra não vão aceitar o modelo de
assentamento proposto pelo Incra para a segunda parte da fazenda Itamarati.
A CUT informa que comanda
no Estado 22 acampamentos onde vivem 7.200 sem-terra.
Castilho afirma que na primeira
parte da fazenda Itamarati, onde
foram assentadas 1.143 famílias
em 2001, o "sistema de produção
coletiva não funcionou por falta
de tradição e não funcionará com
a gerência de empresas". Ele se refere ao sistema em que as famílias
reservam uma área comum para
plantar dentro do assentamento.
No modelo proposto pelo Incra
para a segunda parte da fazenda,
empresas administrariam a produção em 13 mil hectares.
Jacob Banderg, um dos coordenadores do acampamento Nova
Conquista, do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra), disse que "o pessoal por
enquanto só ouviu falar [da proposta do Incra]".
"Enquanto a área não for paga,
não há nada liberado. Nós não
discutimos nada ainda", afirmou
Banderg.
O acampamento Nova Conquista tem, segundo o MST, 543
famílias e está localizado ao lado
da fazenda Itamarati, comprada
pelo Incra.
A Agência Folha não conseguiu
falar ontem com o superintendente do Incra, Luiz Carlos Bonelli. A assessoria do instituto informou que ele havia viajado para
Corumbá (418 km de Campo
Grande).
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