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OUTRO LADO
Estatais têm autonomia, diz candidato
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de imprensa do candidato Geraldo
Alckmin afirma que "as estatais têm autonomia e independência sobre as suas
campanhas publicitárias".
O ex-assessor especial de
Comunicação de Alckmin,
Roger Ferreira, diz que
"todos os planos de mídia
realizados na ocasião pelo
Governo de São Paulo foram técnicos".
"O Governo do Estado
de São Paulo tem o menor
gasto publicitário por habitante de todo o setor público brasileiro. Reafirmo
que as estatais têm inteira
responsabilidade sobre as
suas respectivas ações de
comunicação", afirma
Ferreira.
A superintendência de
Comunicação da CDHU
afirma que "o critério para
a escolha dos veículos de
comunicação nas campanhas de comunicação é
100% técnico".
"É estabelecido por pesquisas de mídia que levam
em consideração o público
alvo, a freqüência mínima
para atingir os mais variados públicos", informou a
companhia.
A CDHU repete o que a
Sabesp sustentou em
maio: "O critério adotado
para a escolha dos veículos
que recebem os anúncios
das campanhas é simples e
100% técnico", afirmou
Luiz Aversa, superintendente de Comunicação da
empresa de saneamento
básico. "De forma alguma
houve direcionamento ou
orientação política na
construção do plano de
mídia", disse Aversa.
Valores
As duas estatais mantêm a mesma argumentação do deputado Wagner
Salustiano para não prestar informações sobre os
custos dos anúncios. "A
W.A.S. reserva-se o direito
de não comentar, tendo
em vista o caráter privado
de tais informações, assegurando que houve regular emissão de notas fiscais, de acordo com a legislação vigente", disse André Boiani Azevedo, advogado que representa Salustiano.
"Por envolver relações
comerciais com terceiros e
para manter a confidencialidade das informações
de caráter estratégico , a
CDHU entende que os valores investidos nas campanhas não devem ser divulgados", informou a estatal à Folha.
A Sabesp argumenta
que tem por norma não
informar valores, "pois
são frutos de negociação e
programação específicas,
com a participação da
agência de publicidade".
"Não nos parece ético divulgar valores individuais,
até mesmo em respeito
aos veículos e a seu corpo
de anunciantes."
(FV)
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