da Sucursal do Rio

A compra da TV Record do Rio está sendo investigada há três anos por inquérito da Polícia Federal.
Até agora o delegado Matheus Casado Martins, responsável pelas investigações, não conseguiu chegar à Investholding e à Cableinvest.
Segundo a Polícia Federal, os membros da igreja que compraram a emissora em 92 disseram em depoimentos que pagaram a TV com empréstimo externo das duas empresas, os quais lhes teriam sido oferecidos pelo deputado Odenir Laprovita Vieira (PPB-RJ).
Todos declararam os empréstimos externos ao Imposto de Renda, conforme a Polícia Federal constatou mediante quebra de sigilo fiscal dos envolvidos.
Laprovita Veira, segundo a Polícia Federal, ainda não foi solicitado a depor.

Informações
O delegado Matheus Martins pediu à Justiça informações sobre as duas empresas no exterior, mas ainda não teve resposta.
Até o momento, a Polícia Federal não tem nenhum dado sobre elas.
Segundo a assessoria da PF, o delegado não tem limite de prazo para concluir o inquérito, que investiga se houve ou não irregularidade na compra da emissora no Rio.
O advogado Arthur Lavigne, que representa cinco dos seis compradores da Record em 1992 -um deles, o farmacêutico José Fernando Passos da Costa, já morreu-, confirma que todos disseram à Polícia Federal que conseguiram o empréstimo por intermédio do deputado Laprovita Vieira.

Transferência
Lavigne diz que seus clientes já haviam transferido suas cotas da emissora na ocasião em que prestaram depoimento na Polícia Federal.
O advogado negou, no entanto, que eles tenham sido meros testas-de-ferro da Igreja Universal na transação.
O advogado afirma desconhecer os proprietários das empresas Cableinvest e da Investholding e duvida que essa informação sobre a empresa venha a se tornar pública.
"Nunca vi ninguém conseguir identificar sócios de empresas em paraísos fiscais", declarou o advogado.


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