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PSDB e PFL pedem novo exame de contas eleitorais de Lula de 2002
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes do PSDB e do PFL,
senadores Arthur Virgílio (AM) e
José Agripino (RN), pediram ontem à Procuradoria-Geral da República a abertura de uma ação
contra o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) para investigar
as contas da campanha eleitoral
para a Presidência em 2002.
A abertura de contas se baseia
no depoimento do publicitário
Duda Mendonça à CPI dos Correios, no qual afirmou ter recebido R$ 10,5 milhões de caixa dois
do PT, por meio de uma empresa
offshore nas Bahamas.
Segundo o marqueteiro, a empresa foi criada por exigência do
empresário Marcos Valério de
Souza, que nega a afirmação e diz
que foi Duda quem sugeriu que o
pagamento fosse feito no exterior.
O PFL e o PSDB poderiam ter
acionado o TSE diretamente, mas
não houve consenso interno nos
partidos devido ao ônus político
do ataque ao presidente Lula.
Os partidos de oposição já decidiram pelo posicionamento público de "não-impeachment". Para responsabilizar Lula diretamente pelo que consideram crimes de financiamento ilegal de
campanha, sonegação fiscal e evasão de divisas, Virgílio e Agripino
argumentam que Lula assinou
sua prestação de contas no TSE
pela campanha de 2002. Na verdade, parte das contas da campanha presidencial foram assinadas
por Lula e outra parte, pelo deputado José Dirceu (PT-SP).
Ministros e ex-ministros do TSE
ouvidos pela Folha disseram serem remotas as chances de reabertura do processo das contas do
presidente e que, se isso ocorrer,
Lula não será obrigado a entregar
documentos que poderiam comprovar o caixa dois. Eles dizem
não haver precedentes de reexame de contas depois da aprovação
pelo TSE, o que dificultaria a aceitação do pedido da oposição.
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