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"Devo zelar pela harmonia familiar"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA DA CONQUISTA
Ao lado da primeira-dama, Marisa, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva adotou ontem, em Vitória da Conquista (a 550 km de Salvador, BA), um discurso em que
se colocou como o tutor da harmonia na família brasileira.
"O meu trabalho de presidente
não é apenas o de administrar a
grande política de Brasília, é cuidar para que a família brasileira
viva em harmonia, viva em paz",
afirmou. "Que pai goste do filho,
que filho goste da mãe e que juntos eles possam construir a base
da nação livre e soberana que nós
vamos consagrar no nosso país."
Lula disse que lutou "a vida inteira" com "milhões de companheiros por este país" pela justiça
social e pela ética, valores que, segundo ele, são "fundamentais na
construção da família brasileira,
que é a base de uma nação".
"Se a família não estiver integrada, se não houver harmonia entre
pai, mãe e filho, se não houver
harmonia entre todos aqueles que
compõem a base da sociedade,
que é a estrutura familiar, tudo
mais fica difícil", declarou o presidente Lula.
Lula é meu amigo
Já estudantes "caras-pintadas"
ligados a partidos de esquerda,
com faixas, cartazes e camisetas
de apoio ao presidente Lula, gritavam: "Lula é meu amigo, mexeu
com ele, mexeu comigo". Em resposta, o presidente respondeu:
"Se mexerem com vocês, também
mexerão comigo".
O mote foi adotado por Edson
Pimental, líder da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) do município. Ele encerrou discurso no mesmo palanque
do presidente com: "Mexer com
você [Lula] é mexer com o povo
brasileiro".
Pimenta repetiu os ataques à
"elite", à oposição e à imprensa
que vêm sendo feitos pelas lideranças dos movimentos de defesa
dos sem-terra e pequenos agricultores em vários Estados.
Também convidado para falar
no palanque, o líder estadual do
MST Valmir Assunção reafirmou
o apoio da entidade ao presidente.
"Independentemente do que a
direita fizer, vamos continuar a
nos mobilizar para continuar no
poder no ano que vem", declarou.
Lula também recebeu apoio dos
ministros que participaram da solenidade -Alfredo Nascimento
(Transportes), Miguel Rossetto
(Desenvolvimento Agrário), Silas
Rondeau (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Educação).
Nascimento foi o mais incisivo.
Disse que a oposição está preocupada "por ver que um homem
que conhece o povo mais sofrido
está promovendo uma verdadeira
revolução social no país".
(FG)
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