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Fiéis choram ao ouvir a sentença em Miami
DA ENVIADA A MIAMI
Cerca de 40 pessoas, entre familiares e fiéis, ouviram o veredicto do juiz. Pela manhã o clima era de otimismo (alguns
planejavam uma festa), mas o
casal evitava o "já ganhou".
Todos olhavam com desconfiança os jornalistas presentes.
Quando o juiz interrompeu a
sessão, por volta do meio-dia, o
grupo de apoio aos réus adotou
uma estratégia bem-humorada
para evitar que a TV Globo os
filmasse a caminho do almoço:
cercou o casal e começou a fazer a famigerada "Dança do Siri", coreografia do programa
"Pânico na TV", que oferece
prêmios para quem a executa
diante das câmeras da Globo.
Na volta, duas repórteres
acomodaram-se atrás de Estevam e Sônia. "Vocês podem por
favor sentar mais atrás?", pediu
Sandra, empresária seguidora
do casal: "Estamos aqui intercedendo por eles".
"Eu não tenho nada contra,
na verdade sou até bastante religiosa...", respondeu uma jornalista. "Eu não sou religiosa,
sou uma serva do Deus vivo",
retrucou Sandra, ríspida, que
não parava de recitar orações
("Satanás se afasta ao som da
sua voz") e repreendeu as jornalistas: "Parem de falar, estamos orando!" "Você faz o seu
trabalho e nós fazemos o nosso", retrucou outra repórter.
Soluços e lágrimas tomaram
conta do ambiente quando o
juiz anunciou a pena. Filhos e
sobrinhos se desesperaram.
"Ninguém esperava isso", disse
Gisele Costa, vizinha do casal.
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