FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer levar o processo contra ele por quebra de decoro direto para o plenário, onde acredita que será absolvido na votação secreta. Ele quer pular a votação no Conselho de Ética para evitar o desgaste político da provável aprovação de pedido de cassação contra ele.
O argumento usado pelos aliados de Renan para convencer outros senadores é o de dar celeridade ao processo. A base de sustentação do governo aceitaria a proposta para encerrar a crise no Senado antes da votação da emenda constitucional que prorroga a CPMF.
O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tem sido o porta-voz. A princípio a oposição não aceitou fazer um acordo. A estratégia pode ser colocada em prática com a apresentação de um recurso para que o processo vá direto ao plenário. O assunto foi discutido em jantar na casa do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), na terça-feira. Estavam os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Heráclito Fortes (DEM-PI), Delcídio Amaral (PT-MS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Agripino (DEM-RN) e o ex-senador José Jorge (DEM).


Texto Anterior: Fisco de Alagoas comprova "laranjas" do caso Renan
Próximo Texto: Vôos de Renan: Presidente do TSE diz ser difícil, anos depois, haver punição
Índice