São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Empresário confirma em parte versão apresentada por usineiro

LEONARDO SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ

O empresário Luiz Carlos Barretos Goes confirmou ontem parcialmente a versão apresentada pelo usineiro João Lyra, que acusa o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de ter usado laranjas na compra do grupo de comunicação O Jornal, do qual Goes foi sócio juntamente com o jornalista Nazário Pimentel.
Goes foi ouvido pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). O empresário disse que Renan intermediou a venda do grupo para Lyra e que no fechamento da transação o senador participou de uma reunião com o usineiro e Nazário. Segundo Tuma, no entanto, Goes ressaltou que não poderia afirmar que Renan era um dos donos da empresa e disse que desconhecia uma série de documentos entregues ao corregedor por Lyra, como recibos assinados por Nazário em recebimento a recursos supostamente pagos por Ildefonso Tito Uchôa, primo de Renan. Segundo Lyra, Uchôa é um principais laranjas do senador.
Tuma viajou a Maceió para colher elementos contra Renan. Na quinta-feira, ele ouviu Lyra. Para o corregedor, o depoimento de Goes não conflitou com o de Lyra, apesar de o empresário não ter apresentado um documento sequer que confirmasse sua versão.
O corregedor disse que vai procurar se informar sobre como poderia quebrar o sigilo bancário de Uchôa. Na opinião do corregedor, é a melhor forma de esclarecer se o primo de Renan tinha condições para pagar R$ 650 mil, em dinheiro, para entrar como sócio, conforme publicou a "Veja".
Uchôa colocou-se ontem à disposição do Senado para uma acareação com o usineiro. Por meio de sua assessoria, Lyra disse que não participará de uma acareação com Uchôa. Tuma pretende convencer Lyra a acareação.


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