São Paulo, terça, 18 de agosto de 1998

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Ministros agem com cautela

da Sucursal de Brasília

O PT vem insistindo em fazer acusações contra Fernando Henrique Cardoso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar criar fatos políticos que desgastem a candidatura à reeleição, mas os ministros têm agido com cautela no julgamento das denúncias.
Desde março, o PT -ou a coligação que apóia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva- ajuizou 13 representações contra FHC em que o acusa de utilizar a máquina ou o cargo em favor da reeleição. Três foram arquivadas por falta de provas.
Até agora, houve vitória em apenas uma: o TSE proibiu o uso de slogans de governos em placas e outdoors, mas a decisão também prejudicou o governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, petista que concorre à reeleição.
Em outras representações, o grupo político de Lula acusa FHC de abuso de poder por ele conceder entrevista coletiva, fazer pronunciamento da rede nacional de rádio e televisão e veicular propaganda institucional com suposta promoção da candidatura.
Dificilmente os ministros do TSE acolherão a queixa do PT sobre o tratamento diferenciado que os órgãos de imprensa estariam dispensando ao candidato FHC.
Fernando Neves, um dos três ministros auxiliares que dão a primeira decisão em representações por suposta violação da Lei Eleitoral, afirma que "o respeito ao princípio da igualdade consiste exatamente em tratar os desiguais de modo desigual".



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