do enviado especial ao Rio

O presidente da ANJ, Paulo Cabral, disse ontem, ao encerrar no Rio encontro promovido por sua entidade, que os jornais brasileiros "têm prestado serviços relevantes ao país ao apurar e publicar informações sobre desvios na gestão de recursos públicos, de desmandos administrativos e de manipulação nos poderes públicos e privados".
Cabral, que é também presidente do condomínio acionário dos Diários e Emissoras Associados, afirmou ainda que "a luta pela liberdade de imprensa é muito mais que a defesa de algo essencial para o nosso trabalho. É a luta por um valor essencial para a democracia, para a sociedade, para a liberdade dos povos".
Disse que a entidade que preside, hoje com 112 jornais filiados, foi criada há 20 anos para a defesa dessa mesma liberdade, para apoiar os jornais nos seus processos de desenvolvimento e modernização, e para a representação institucional de seus interesses junto aos poderes públicos, o que era uma necessidade naqueles tempos de redemocratização.
A ANJ nasceu com 11 jornais filiados, entre eles a Folha.
Anteontem, ao abrir o encontro da entidade, Cabral afirmou que a década de 90 trouxe grandes desafios e sinalizou oportunidades para as empresas jornalísticas.
"Começamos com debates ameaçadores sobre o futuro do jornal (menção à concorrência da mídia eletrônica e da Internet) e terminamos com debates construtivos sobre como aproveitar as oportunidades, transformando as inovações tecnológicas e as mudanças mercadológicas em vantagens competitivas para a prática do jornalismo", disse.
Afirmou que os jornais têm investido simultaneamente nos principais fatores de sucesso: qualidade editorial, recursos humanos, modernização tecnológica, marketing, comercialização diferenciada, gestão competente e distribuição eficiente.
Ele lembrou que em junho do ano que vem será realizado no Rio o Congresso Mundial de Jornais e o Fórum Mundial de Editores, promovidos pela Associação Mundial de Jornais.


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