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Justiça barra propaganda de tucanos
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma liminar do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
proibiu o candidato José
Serra de repetir a propaganda que relaciona uma declaração do presidente do PT,
José Dirceu, a uma agressão
sofrida em 2000 pelo então
governador de São Paulo,
Mário Covas (PSDB).
A liminar foi concedida
pelo ministro-auxiliar Caputo Bastos às 21h, após a campanha de Serra fazer esse
ataque nos dois programas
em bloco da propaganda
presidencial na TV ontem. A
decisão foi em representação movida pelo PT, por
Dirceu e pela coligação que
apóia a candidatura de Luiz
Inácio Lula da Silva.
No mérito, eles querem
que o tucano seja condenado à perda em dobro do
tempo gasto com a veiculação dessa propaganda. Depois de Caputo Bastos decidir a questão, poderá haver
recurso ao plenário. Esse ministro foi autor da decisão
que impôs a Serra a perda
em dobro do tempo usado
em um ataque contra Ciro
Gomes, mas o plenário cassou a condenação.
A decisão de ontem só deverá surtir efeito a partir de
amanhã. As inserções da
propaganda de hoje, ainda
que contenham o ataque a
Dirceu, não deverão ser suspensas ou substituídas porque foram enviadas pela Rede Minas de Televisão às
emissoras ontem à tarde.
Hoje o advogado do PT no
TSE, José Antonio Toffoli,
deve mover dois direitos de
resposta contra Serra, por
causa do ataque a Dirceu e
devido à crítica do tucano à
exigência do diploma de
curso superior em concursos promovidos por prefeitura petista.
Ontem, petistas do alto comando de Lula saíram ao
ataque contra os tucanos,
como forma de deixar o candidato livre para manter sua
linha "propositiva".
"Os tucanos decidiram
utilizar a baixaria, linha de
ataque que se consagrou na
era Fernando Collor. Parece
que os tucanos estão se
transformando em urubus",
disse o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP).
Outro cardeal petista, o deputado Aloizio Mercadante,
criticou o uso das imagens
de Covas pelos tucanos. "Fomos solidários ao Covas durante toda a sua luta contra o
câncer e reconhecemos sua
dignidade. Foi uma falta de
sensibilidade utilizá-lo dessa
forma", disse.
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