São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2004

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Se PT for contra, será "confissão explícita", diz Tasso

DA SUCURSAL DO RIO

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apoiou ontem a proposta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para investigar os parlamentares responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas da CPI do Banestado e submetê-los ao julgamento da Conselho de Ética por quebra de decoro. Em encontro com o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), Tasso disse que a investigação deverá "ir até o fim".
O senador declarou não ter sido vítima de chantagem dos que vazaram as informações da CPI, mas insinuou que os boatos de que estaria em listas e dossiês apareceram após ele criticar o projeto das PPPs (Parcerias Público-Privadas):
"Começou a chegar aos meus ouvidos que havia uma lista, e que eu deveria tomar cuidado". Tais avisos não teriam partido de ninguém do governo, diretamente. Para Tasso, usar o poder da CPI "para montar o maior banco de dados do país, é um crime sem tamanho, feito no Congresso" e os presidentes da Câmara e do Senado têm de apontar os responsáveis.
Segundo ele, se o PT não permitir a investigação, estará fazendo "confissão explícita de ligação e conexão com um processo terrorista de fazer política". Tasso criticou o ministro José Dirceu (Casa Civil): "Ele faz muitas ameaças". Disse que Dirceu está "levando a crer que está disposto a qualquer coisa".


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