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Vazamento será apurado, diz Sarney
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), considerou
ontem o vazamento de informações sobre operações bancárias
em poder da CPI do Banestado,
inclusive de familiares do senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), "um
dos casos mais graves" ocorridos
no Congresso brasileiro. Ele afirmou que vai convocar a Mesa Diretora do Senado para investigar
o incidente e tomar providências.
"Eu considero esse caso um dos
mais graves ocorridos no Congresso brasileiro. Até porque nosso regimento pune como falta de
decoro e tem penas severas contra
aqueles senadores que violam o
sigilo de documentos que lhes são
entregues. Eles não podem divulgá-los. Vou convocar a Mesa do
Senado na próxima semana ou logo que possa para tomarmos uma
providência efetiva e dura contra
isso", declarou o senador.
A CPI tem sido palco de uma
guerra entre governistas e a oposição, com vazamento de informações. "Temos de procurar saber como ocorreu esse vazamento
e para que ele está sendo utilizado", disse Sarney, referindo-se à
divulgação de um CD-ROM com
534 mil operações feitas por doleiros no MTB Bank, de Nova York,
em nome de brasileiros que movimentaram US$ 17 bilhões de 1997
a 2003. Tasso acusa setores do governo de terem montado um banco de dados a partir da CPI.
Os protagonistas da crise são o
presidente da comissão, senador
Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e o relator, deputado José
Mentor (PT-SP), aliado do ministro José Dirceu (Casa Civil). Antero e Mentor empurram um para o
outro a responsabilidade pelas irregularidades. Segundo Sarney, se
ficar provado o envolvimento de
algum senador no vazamento, ele
será levado para o Conselho de
Ética, estando sujeito a perder o
mandato.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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