São Paulo, sexta, 18 de setembro de 1998

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Déficit deve seguir por dez anos

da Sucursal de Brasília

Não há perspectiva de solução rápida para o rombo da Previdência, que divide com o pagamento de juros a maior parcela de responsabilidade pelo desequilíbrio das contas públicas. Neste ano, o déficit é de R$ 24 bilhões.
Os técnicos da equipe de André Lara Resende prevêem que o déficit será reduzido num prazo de dez anos. "A situação poderá ser aliviada em cinco anos", calcula o economista Francisco de Oliveira. "Não é possível fazer milagre."
O programa de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso para um eventual segundo mandato classifica o sistema previdenciário como "o maior desajuste patrimonial da União".
O programa informa que a proposta de "aperfeiçoamento" do sistema previdenciário é uma das "tarefas fundamentais" do governo já no início de 1999.
A nova proposta é considerada bem mais importante do que a primeira fase de reforma da Previdência, que tramita no Congresso desde 1995 e cujo objetivo era conter o rombo nas contas do sistema.
No setor público, não foi possível fazer praticamente nada. A Câmara rejeitou no início do ano o fim do pagamento de aposentadorias integrais aos servidores que ganham mais de R$ 1.200.
O mais urgente desafio do governo FHC é concluir a votação da emenda constitucional e conseguir aprovar a idade mínima de aposentadoria para quem já está no mercado aos 53 anos (homens) e 48 anos (mulheres). (MS)



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