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FÉ E POLÍTICA
No Rio, petista reúne 500 líderes de várias denominações; em São Paulo, tucano recebe apoio da Quadrangular
Lula e Serra dividem apoio de evangélicos
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Os presidenciáveis Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e José Serra
(PSDB) receberam ontem o apoio
de líderes de igrejas evangélicas.
No Rio, Lula se reuniu com cerca de 500 lideranças das igrejas
Assembléia de Deus, Universal do
Reino de Deus, Batista, Sara Nossa Terra, Metodista, Presbiteriana
e Renascer. Em São Paulo, Serra
recebeu à noite o apoio da Igreja
do Evangelho Quadrangular que,
segundo seus integrantes, reúne
2,5 milhões de fiéis no país.
Cercado de evangélicos, Lula
usou a passagem bíblica sobre o
rei Herodes (que, ao tomar conhecimento dos rumores de que
havia nascido o rei dos judeus, ordenou a matança de todos os recém-nascidos do sexo masculino)
para criticar a suposta "política do
medo" do oponente: "Se a gente
permitir que prevaleça a teoria do
medo, vamos voltar há milhares
de anos, quando Herodes, com
medo do novo, queria matar todas as crianças. Se dependesse do
meu oponente, Machado de Assis
nunca poderia ser presidente da
Academia Brasileira de Letras
porque não tinha diploma", disse.
Fez referência à eleição de 1989,
vencida por Fernando Collor:
"Em 89, A apologia do medo fez
esse país preterir Brizola, Covas, o
Lula e outras pessoas de bem. A
gente não tem que ter medo".
Em São Paulo, Serra disse receber a adesão da Igreja Quadrangular, que no primeiro turno
apoiou Anthony Garotinho, do
PSB, com "muita satisfação e alegria no coração". Elogiou o trabalho da Quadrangular na recuperação de jovens: "Sou cristão. Isso
para mim não é apenas uma idéia
de natureza política, mas também
de liberdade intelectual".
O pastor e deputado federal Mário de Oliveira (PST-MG), presidente do Conselho Nacional da
Igreja, disse que a opção por Serra
foi feita devido à preocupação do
tucano com a "preservação da família": "Ele é o que mais se ajusta
aos nossos pensamentos".
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