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JUSTIÇA ELEITORAL
Outros sete Estados terão a presença do Exército no pleito do dia 27
Rio terá tropas federais no 2º turno
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Estado do Rio de Janeiro contará com tropas federais para reforçar o esquema de segurança da
votação do segundo turno, no
próximo dia 27, a exemplo do que
ocorreu em 6 de outubro. O TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) ratificou pedido do TRE-RJ.
O objetivo é repetir o aparato
mobilizado no primeiro turno para garantir tranquilidade aos eleitores em razão dos problemas de
segurança relacionados ao crime
organizado e ao narcotráfico.
O pedido é anterior à série de
atentados no Rio, nos últimos
dias, em que traficantes armados
atacaram vários pontos da cidade
em ação coordenada. Esses episódios reforçaram a necessidade da
presença do Exército no Estado.
Em ofício enviado no último dia
12 ao diretor-geral do TSE, Miguel
Campos, a diretora-geral do TRE,
Soraya Faria, afirma que a primeira votação foi tranquila graças ao
amplo noticiário sobre a presença
do Exército nas ruas e conclui
que, por isso, seria necessário repetir a operação.
Desta vez, o risco de formação
de filas decorrentes de atraso é
menor, porque os eleitores terão
que digitar apenas o número de
seu candidato a presidente. A disputa ao governo foi decidida no
primeiro turno, com a vitória de
Rosinha Matheus (PSB).
Outros Estados
Além do Rio, outros sete Estados conseguiram o envio de tropas federais. São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Pará, Rio Grande do
Norte, Roraima e Tocantins. Em
todos eles, o Exército já atuou em
6 de outubro. Os motivos mais
frequentes são riscos de tumultos
em aldeias indígenas e conflitos
entre trabalhadores rurais e proprietários de terras.
No novo turno, o pedido do Rio
é o único extensivo a todo o Estado. No caso do Tocantins, o Exército deverá dar cobertura apenas
em uma aldeia indígena, no município de Tocantínia. Na Bahia, a
presença das tropas deverá ficar
limitada a duas cidades: Camaçari
e Dias D'Ávila. No Pará, estão
contemplados 64 municípios.
Em agosto, os comandos das
Forças Armadas chegaram a pedir ao TSE que só aprovassem essa proteção especial nos locais em
que a sua presença for imprescindível, pois não haveria recursos financeiros que permitam atuação
ampla como nas eleições anteriores. Mas o único pedido negado
no primeiro turno foi o do TRE da
Paraíba, porque o próprio governo do Estado dispensou a ajuda.
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