São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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JUSTIÇA ELEITORAL

Outros sete Estados terão a presença do Exército no pleito do dia 27

Rio terá tropas federais no 2º turno

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Estado do Rio de Janeiro contará com tropas federais para reforçar o esquema de segurança da votação do segundo turno, no próximo dia 27, a exemplo do que ocorreu em 6 de outubro. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ratificou pedido do TRE-RJ.
O objetivo é repetir o aparato mobilizado no primeiro turno para garantir tranquilidade aos eleitores em razão dos problemas de segurança relacionados ao crime organizado e ao narcotráfico.
O pedido é anterior à série de atentados no Rio, nos últimos dias, em que traficantes armados atacaram vários pontos da cidade em ação coordenada. Esses episódios reforçaram a necessidade da presença do Exército no Estado.
Em ofício enviado no último dia 12 ao diretor-geral do TSE, Miguel Campos, a diretora-geral do TRE, Soraya Faria, afirma que a primeira votação foi tranquila graças ao amplo noticiário sobre a presença do Exército nas ruas e conclui que, por isso, seria necessário repetir a operação.
Desta vez, o risco de formação de filas decorrentes de atraso é menor, porque os eleitores terão que digitar apenas o número de seu candidato a presidente. A disputa ao governo foi decidida no primeiro turno, com a vitória de Rosinha Matheus (PSB).

Outros Estados
Além do Rio, outros sete Estados conseguiram o envio de tropas federais. São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. Em todos eles, o Exército já atuou em 6 de outubro. Os motivos mais frequentes são riscos de tumultos em aldeias indígenas e conflitos entre trabalhadores rurais e proprietários de terras.
No novo turno, o pedido do Rio é o único extensivo a todo o Estado. No caso do Tocantins, o Exército deverá dar cobertura apenas em uma aldeia indígena, no município de Tocantínia. Na Bahia, a presença das tropas deverá ficar limitada a duas cidades: Camaçari e Dias D'Ávila. No Pará, estão contemplados 64 municípios.
Em agosto, os comandos das Forças Armadas chegaram a pedir ao TSE que só aprovassem essa proteção especial nos locais em que a sua presença for imprescindível, pois não haveria recursos financeiros que permitam atuação ampla como nas eleições anteriores. Mas o único pedido negado no primeiro turno foi o do TRE da Paraíba, porque o próprio governo do Estado dispensou a ajuda.



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