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RIO GRANDE DO SUL
Genro usa elo com Lula
Debate traz estratégias opostas para governo
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Os candidatos que disputam o
governo gaúcho, Germano Rigotto (PMDB) e Tarso Genro (PT),
demonstraram ontem, em seu segundo debate televisivo, ter estratégias opostas para suas eventuais
administrações. Eles também divergiram ao relacionar suas candidaturas aos candidatos presidenciais com quem mantêm ligações político-partidárias.
Tarso utilizou sempre o fato de
ser correligionário de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Rigotto não explorou sua aliança com José Serra
(PSDB). Rigotto criticou o fato de
a Ford ter deixado o Rio Grande
do Sul, abrindo sua fábrica na Bahia e disse estar disposto a participar da guerra fiscal.
Tarso acusou Rigotto, que é deputado federal, de não ter estado
presente no Congresso quando
foi votada a ampliação do regime
automotivo para o Nordeste, pelo
qual o governo federal ajudou a
Bahia a dar incentivos para atrais
a empresa. Rigotto não negou que
deixou de votar.
Esse foi um dos momentos tensos do debate, exibido pela TV
Pampa, retransmissora da Record. Rigotto iniciou falando do
seu mérito de ter chegado ao segundo turno com o discurso da
união pelo Estado. Tarso vinculou seu governo à possível Presidência de Lula e falou em avançar
mais em relação à atual administração petista no Estado, do governador Olívio Dutra.
Temas como pedágios e privatizações serviram como motivo para contrapontos. Referindo-se à
administração do ex-governador
Antônio Britto (ex-PMDB e atualmente no PPS) como ""o governo
anterior, do PMDB", Tarso chamou Rigotto de ""privatista". Rigotto disse que o governo petista
não terminou com os pedágios
instalados na época de Britto.
Pesquisa
A diferença entre Rigotto e Genro caiu 8,2 pontos percentuais, segundo a pesquisa Cepa, da
UFRGS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul).
A pesquisa foi divulgada ontem
pelo jornal ""Zero Hora" e mostra
Rigotto com 54,5%, 14,8 pontos
percentuais à frente de Tarso, que
tem 39,7%. O Cepa ouviu 1.763
eleitores em 49 municípios gaúchos na última terça-feira. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou menos.
Ontem o Tribunal Superior
Eleitoral negou pedido de Genro
para proibir a campanha de Serra
de veicular a propaganda eleitoral
com críticas à administração petista gaúcha. No horário eleitoral
gratuito, Serra cita o caso da montadora Ford, que trocou o Rio
Grande do Sul pela Bahia para
instalar uma fábrica. O ministro-auxiliar Gerardo Grossi afirmou
que o fato não é inverídico.
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