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DF
Cheque-família é alvo em debate na TV
Promessas e grilagem dominam enfrentamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os candidatos ao governo do
Distrito Federal -o governador
Joaquim Roriz (PMDB) e o petista Geraldo Magela (PT)- mantiveram ontem à noite, no debate
da TV Record, a promessa de pagar R$ 100 para famílias carentes,
o cheque-família.
O programa gerou polêmica no
DF após a distribuição de panfletos, pela campanha de Roriz, em
forma de cheque, com a foto e o
número do candidato. Magela
também distribuiu folhetos prometendo pagar o benefício, mas
não em forma de cheque.
O material de campanha levou a
Procuradoria Regional Eleitoral a
pedir ao TRE-DF que determine a
proibição imediata da distribuição de panfletos dos dois candidatos. O pedido de suspensão
também valeria para qualquer
menção ao cheque no horário
eleitoral gratuito.
O procurador Franklin Rodrigues havia pedido à Polícia Federal que recolhesse alguns panfletos para serem utilizados como
prova caso seja constatada a prática de troca de vantagens por votos
e o abuso de autoridade.
Roriz, durante o debate, justificou seu programa dizendo que
ajudará a resolver o problema de
muitas famílias. Segundo ele, seu
programa não pode ser considerado político-paternalista, mas
sim uma "atitude cristã". Magela
disse que o cheque foi proposto
em seu programa de governo para substituir as cestas básicas, distribuídas no governo Roriz.
As denúncias de grilagem de
terras no DF e de aprovação de
condomínios irregulares voltaram a ser tema do debate de ontem, a exemplo do que ocorreu no
encontro de segunda-feira, na TV
Bandeirantes.
Magela perguntou a Roriz porque a Polícia Civil não prendeu o
empresário Pedro Passos (PSD),
acusado de grilagem e eleito deputado pela coligação que apóia o
governador, quando ele teve sua
prisão decretada. Roriz disse que
não responderia à pergunta por
respeito à polícia.
Por outro lado, Roriz questionou Magela sobre a denúncia publicada pelo "Jornal de Brasília"
de que um assessor do petista teria recebido dinheiro para ajudar
na aprovação de um condomínio
irregular. Magela disse que impediu a aprovação do condomínio
quando foi secretário de Habitação e Roriz disse ter um documento que prova que Magela não
impediu, mas não pôde mostrar a
documentação porque as regras
do debate não permitem.
Ontem à tarde, deputados de
oposição pediram a substituição
de dois integrantes da CPI da Grilagem que são da base governista.
A CPI foi aberta na Câmara Legislativa para apurar denúncias de
grilagem de terra pública e de
aprovação irregular de loteamentos envolvendo Roriz e Magela.
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