São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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Dividido, PPB pode liberar seus deputados

JULIA DUAILIBI
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo após uma semana de negociações intensas, o PPB do ex-prefeito Paulo Maluf permanece dividido com relação a quem o partido irá apoiar no segundo turno da eleição para o governo de São Paulo e pode liberar sua bancada de deputados estaduais e federais.
Em uma reunião que terminou às 21h de ontem, o partido esteve perto de fechar com José Genoino (PT), que conta com a preferência de Maluf e já sinalizou positivamente ao PPB.
Mas a resistência de pepebistas ao que chamam de "divergências históricas e ideológicas" do partido com o PT inviabilizaram o consenso. Esse grupo defende um acordo com Geraldo Alckmin (PSDB), o principal adversário de Maluf no primeiro turno da eleição.
Os defensores do apoio a Genoino dentro do PPB afirmaram que o discurso dele na campanha está mais próximo ao defendido por Maluf. Como exemplo, citam as críticas do petista aos pedágios e a afirmação de que irá colocar a "Rota na rua".
Esse grupo também acredita que, em um eventual governo do PT, o PPB teria possibilidade maior de ocupar cargos importantes, pois avalia que os petistas não teriam quadros para preencher todas as secretarias.
A exigência do PPB é controlar pelo menos duas pastas, sendo que uma delas seria ocupada por Cunha Bueno, candidato derrotado ao Senado. Interlocutores de Alckmin já informaram a Jesse Ribeiro, presidente do PPB paulista, que um novo governo do tucano poderá abrir espaço aos malufistas.



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