São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

General diz não querer comentar declarações

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, afirmou que não gostaria de se pronunciar sobre as declarações da presidente do grupo Tortura Nunca Mais do Rio, Cecília Coimbra, à Folha.
Segundo ela, os envolvidos com tortura têm de ser afastados do serviço público.
Na semana passada, Cardoso afastou três funcionários da Abin, órgão subordinado ao ministro.
Os três estão sendo investigados em sindicâncias internas sobre a acusação de terem sido torturadores no regime militar.
O secretário de Segurança do Rio, Josias Quintal, desde o primeiro semestre reconhece ter sido na década de 70 analista de informações do DOI-Codi, principal órgão repressivo do regime militar no antigo Estado da Guanabara e depois no Estado do Rio.
Quintal afirma que nunca teve participação em atos de violência contra opositores políticos. Sua condição de ex-membro do DOI-Codi do Rio foi revelada no começo do ano pelo então coordenador de Segurança do Estado, Luiz Eduardo Soares.
O ex-diretor da Abin Carlos Alberto del Menezzi nega que tenha sido torturador. Mais de dez ex-presos políticos afirmam que o tenente da reserva do Exército participou de sessões de tortura em 1969 e 1970, em Belo Horizonte.
Rubens Bizerril, afastado do Ministério da Justiça, nega que tenha tido envolvimento com a morte de um militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro) por tortura em 1972. (MM)


Texto Anterior: Entrevista da 2ª: "Tortura não tem perdão", diz psicóloga
Próximo Texto: Frases
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.