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Petista não reconhece a indicação
DA REPORTAGEM LOCAL
O grupo que elaborou o projeto
cultural para o programa de governo do PT não admite o fato de
Gilberto Gil ser o novo ministro
da Cultura. "Não tive nenhuma
notícia confirmada e não fui consultado sobre esse assunto", disse
o ator Antonio Grassi, atual secretário de Cultura do Estado do Rio,
que foi cotado para a pasta.
"Não digo [que fomos] passados para trás, mas acho que deveríamos ter participado mais efetivamente dessa resolução. Toda a
informação que tive foi pela imprensa", afirmou Grassi.
Segundo ele, o grupo que elaborou o projeto de Cultura do PT
deve se reunir hoje de manhã em
Brasília para decidir o que fazer.
Coordenador do projeto cultural do PT e ex-ministeriável, o
poeta Hamilton Pereira, ao ser indagado se não daria uma opinião
sobre Gil como ministro da Cultura, disse apenas "não".
O ator Sérgio Mamberti, que
também foi cotado para o ministério, estava ontem em gravação e
não foi localizado para comentar.
Frei Betto, que criticara a escolha de Gil, voltou atrás. "Estou incondicionalmente ao lado do que
Lula decidir. Ele foi eleito e escolhe o ministério. Não participo de
decisões e mais não quero dizer".
Gil, por seu lado, disse que conversou com Hamilton Pereira e
Sérgio Mamberti para convidá-los a trabalhar com ele. Com Antonio Grassi, não conseguiu conversar mas diz ter deixado recado.
"Foi uma conversa boa, de amigos", disse. "Ambos interessados
nessa coisa do ministério, de que
o trabalho seja o melhor possível e
de que possa ser uma linha auxiliar importante no governo Lula."
O senador eleito Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) elogiou a
nomeação: "É uma excelente escolha. Gil é um representante autêntico dos afro-descendentes".
Colaborou a Agência Folha
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