DA AGÊNCIA FOLHA

Após perder o mandato por determinação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima, o deputado estadual Jalser Renier Padilha (PFL) teve a prisão preventiva decretada. Até ontem à noite, era tido como foragido.
Ele é acusado de participar do "escândalo dos gafanhotos", que teria desviado dos cofres públicos pelo menos R$ 230 milhões.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público Federal na noite de anteontem, assim que Padilha teve o mandato cassado e perdeu a imunidade parlamentar. A Justiça logo decretou a sua prisão preventiva.
As prerrogativas parlamentares de Padilha seguirão suspensas até que os recursos sejam apreciados no Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo as investigações, Padilha distribuiu, no período eleitoral de 2002, cartões magnéticos de acesso a um cinema e a um parque aquático e bolsas de estudo num curso pré-vestibular.
Segundo documentos obtidos pela força-tarefa que investiga o caso, o então deputado recebeu R$ 1.319.852,69 em recursos públicos desviados, entre janeiro e julho do ano passado.
Francisco das Chagas Batista, advogado do ex-deputado, negou que Padilha tenha praticado irregularidades e disse que ele não deve ser considerado foragido.
"A pessoa prestes a ser presa pode ficar oculta uns dias até resolver o problema mediante habeas corpus." (EDUARDO DE OLIVEIRA)


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