São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

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PAINEL

Acordo selado
PSDB e PFL iniciaram contra-ofensiva para impedir o PT de aniquilar a CPI dos Correios. Acertaram apoio ao presidente Delcídio Amaral (PT) e pressão pela aprovação do texto de Osmar Serraglio (PMDB).

Pizzaiolo petista
A mobilização tucano-pefelista é resposta à produção de texto alternativo pelo PT para criar impasse que culmine com o fim da CPI sem relatório aprovado, repetindo fiasco das comissões do Banestado e do Mensalão.

Socorro urgente
Delcídio pediu ajuda ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen, em encontro em Florianópolis. "Vamos prestigiar o relator e o presidente da CPI. Relatório alternativo é pizza", diz o líder pefelista José Agripino.

Cutucando onça
Na base aliada há quem ache que a CPI das Privatizações deve morrer no nascedouro também porque o governo não teria interesse em mexer, por exemplo, na Telemar, sócia de um dos filhos de Lula na Gamecorp.

Pedra de toque eleitoral
Depois da operação tapa-buraco, o governo definiu a próxima iniciativa de impacto popular que lançará por meio de forte campanha publicitária: incentivos para a habitação popular.

Efeito tertius
Garotinho tem um fiel torcedor para que seja o candidato do PMDB e chegue ao segundo turno: Luiz Gushiken. O chefe do Núcleo Estratégico de Lula acredita que, nesse contexto, é negociável a aliança entre PT e PSDB.

Síndrome do retrovisor
Marqueteiro amigo aconselhou Serra, sem muito sucesso, a mudar estratégia. Pediu mais propostas e menos ataques.

Charada petista
Definição ouvida no 3º andar do Planalto sobre o quadro interno do PSDB: "Serra é o candidato do governo na oposição".

Extremos descontentes
O relatório preliminar de Garibaldi Alves (PMDB) sobre a CEF na CPI dos Bingos uniu os contrários. O PFL quer tirar do texto o indiciamento do ex-presidente da CEF Emílio Carrazai, ligado ao partido, e o PT pretende livrar a diretoria de Jorge Matoso.

A jogatina continua
Alckmin vetou ontem projeto aprovado pela Assembléia proibindo máquinas caça-níqueis no Estado de São Paulo, sob alegação de que a matéria é de competência federal. Autor do texto, Romeu Tuma Jr.(PMDB) chamou de pífio o argumento.

Adiós, muchacho
Alckmin tentou cumprimentar Kirchner em encontro casual em hotel de Brasília. Diante do batalhão de fotógrafos, o presidente argentino partiu sem estender a mão ao governador.

Força da máquina
Em conversa com Tasso Jereissati, Alckmin analisou sua própria sucessão. Disse que o PT é "competitivo" em SP, mas que um nome apoiado pelo governador entra com 35% das intenções de voto na disputa.

Quem é quem
De Alckmin sobre os pré-candidatos do PSDB ao Bandeirantes: José Aníbal é "brigador"; Paulo Renato tem "a bandeira da educação"; e Gabriel Chalita é "muito bom no vídeo".

Costura para dentro
Mercadante lançou ofensiva para contrapor a vantagem de Marta Suplicy na máquina partidária na disputa pela candidatura petista em SP. Aliados fizeram dois encontros no interior nesta semana com 400 pessoas.

Contramão perigosa
O senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE) apresentou em reunião de líderes estudo para mostrar que, no mundo todo, não há folga parlamentar de menos de 90 dias de duração.

TIROTEIO

Do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) sobre o projeto do governo que pune a divulgação de grampo, ainda que feito com autorização judicial:
-O ministro Márcio Thomaz Bastos se esqueceu de acrescentar um artigo à proposta: a partir de hoje, fica revogada a liberdade de imprensa no Brasil.

CONTRAPONTO

Traído pela campainha

Santista como Mário Covas (1930-2001), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) procurava um secretário que torcesse para o São Paulo e que pudesse acompanhá-lo na recepção aos jogadores do clube no Palácio dos Bandeirantes, dia 20 de dezembro do ano passado.
-O único são-paulino é o Saulo [Abreu Filho], mas ele tem outro compromisso-, informou um assessor, referindo-se ao titular da Segurança.
O governador, então, chamou o corintiano Mauro Arce (Recursos Hídricos) para ajudá-lo na missão de receber o clube, que acabava de conquistar o mundial de clubes do Japão ao bater o Liverpool.
Na conversa com a diretoria do São Paulo, Arce esforçava-se para deixar os visitantes à vontade. Estava disfarçando bem até o toque do celular de um dos auxiliares do governador. Era o hino do Corinthians.


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