São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

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OUTRO LADO

Empresa diz que quantidade de terceirizados já diminui em 30%

DA SUCURSAL DO RIO

Furnas admitiu ter 2.000 funcionários terceirizados. A empresa diz que vem substituindo os terceirizados por concursados desde outubro de 2002, quando o Tribunal de Contas da União determinou a medida. De acordo com a empresa, nessa época havia 2.900 terceirizados, "o que indica que Furnas já reduziu este quadro em aproximadamente 30%".
A estatal afirma que convocou para admissão 1.500 candidatos aprovados em concursos públicos, "realizado para cadastro de reserva". "Ocorre que o quadro de pessoal se encontra completo, pelo que só poderemos prosseguir com a convocação dos concursados quando obtivermos autorização para tanto do Departamento de Coordenação e Controle das Estatais, já solicitada."
Furnas informa que mantém atualmente com a Bauruense "cinco contratos, firmados em 2004, que atendem às diversas regiões de atuação da empresa, com objetos distintos, de acordo com as necessidades de cada uma das áreas" e que os contratos atuais foram licitados.
A estatal alega que "diante da drástica redução de pessoal", "verificou-se o risco de continuidade das atividades essenciais da empresa, de geração e transmissão de energia elétrica para cerca de 50% da população brasileira, que representa 65% do PIB nacional". A empresa diz que "não teve outra alternativa senão, a bem do interesse público, contratar empresas prestadoras de serviço, de maneira que pudesse repor minimamente sua força de trabalho, garantindo a qualidade e confiabilidade dos serviços essenciais".
O diretor comercial da Bauruense, Ramiro Ferreira Júnior, disse à Folha ter 1.598 funcionários prestando serviço para Furnas e que, desde 1992, quando começou a trabalhar com a estatal, pactuou 36 contratos - 12 em 2004. Segundo a empresa, diferentemente do que mostra o site de Furnas, "todas as contratações desde 92 montam à importância de R$ 735 milhões. O diretor da Bauruense admitiu ter firmado cinco contratos sem licitação com a estatal em 2004 - três por 180 dias e dois por até 180 dias.
Dimas Toledo negou-se a comentar a ligação com a Bauruense, negada pela empresa. "Não comento denúncias anônimas", respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa.


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