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OUTRO LADO
Empresa diz que quantidade de terceirizados já diminui em 30%
DA SUCURSAL DO RIO
Furnas admitiu ter 2.000 funcionários terceirizados. A empresa diz que vem substituindo os
terceirizados por concursados
desde outubro de 2002, quando o
Tribunal de Contas da União determinou a medida. De acordo
com a empresa, nessa época havia
2.900 terceirizados, "o que indica
que Furnas já reduziu este quadro
em aproximadamente 30%".
A estatal afirma que convocou
para admissão 1.500 candidatos
aprovados em concursos públicos, "realizado para cadastro de
reserva". "Ocorre que o quadro
de pessoal se encontra completo,
pelo que só poderemos prosseguir com a convocação dos concursados quando obtivermos autorização para tanto do Departamento de Coordenação e Controle das Estatais, já solicitada."
Furnas informa que mantém
atualmente com a Bauruense
"cinco contratos, firmados em
2004, que atendem às diversas regiões de atuação da empresa, com
objetos distintos, de acordo com
as necessidades de cada uma das
áreas" e que os contratos atuais
foram licitados.
A estatal alega que "diante da
drástica redução de pessoal", "verificou-se o risco de continuidade
das atividades essenciais da empresa, de geração e transmissão
de energia elétrica para cerca de
50% da população brasileira, que
representa 65% do PIB nacional".
A empresa diz que "não teve outra alternativa senão, a bem do interesse público, contratar empresas prestadoras de serviço, de maneira que pudesse repor minimamente sua força de trabalho, garantindo a qualidade e confiabilidade dos serviços essenciais".
O diretor comercial da Bauruense, Ramiro Ferreira Júnior,
disse à Folha ter 1.598 funcionários prestando serviço para Furnas e que, desde 1992, quando começou a trabalhar com a estatal,
pactuou 36 contratos - 12 em
2004. Segundo a empresa, diferentemente do que mostra o site
de Furnas, "todas as contratações
desde 92 montam à importância
de R$ 735 milhões. O diretor da
Bauruense admitiu ter firmado
cinco contratos sem licitação com
a estatal em 2004 - três por 180
dias e dois por até 180 dias.
Dimas Toledo negou-se a comentar a ligação com a Bauruense, negada pela empresa. "Não comento denúncias anônimas", respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa.
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