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Procuradoria acusa Geddel de publicidade antecipada na Bahia
Representações na Justiça Eleitoral denunciam propaganda do ministro, pré-candidato ao governo
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A Procuradoria Regional
Eleitoral na Bahia protocolou
desde sexta três representações contra o ministro Geddel
Vieira Lima (Integração Nacional), pré-candidato do PMDB a
governador, por suposta propaganda eleitoral antecipada.
Em duas delas, protocoladas
no Tribunal Regional Eleitoral
da Bahia no dia 15, o procurador Sidney Madruga pede a retirada de outdoors de Geddel
espalhados em Salvador e no
interior do Estado, além do pagamento de uma multa.
Na terceira, feita ontem, a
Procuradoria acusa o ministro
e o PMDB de propaganda antecipada por conta de um filme
partidário de 30 segundos, veiculado na TV desde o início do
mês, que traz imagens de Geddel e do presidente Lula durante visita às obras de transposição do rio São Francisco.
Em nota, o procurador Madruga disse que a propaganda
eleitoral só pode ser feita após o
dia 5 de julho: "A iniciativa é
uma verdadeira fraude à legislação, ao difundir, em época
proibida, o nome e a imagem de
um eventual candidato". Em
outubro, o TRE já tinha suspendido a circulação de duas
edições do jornal do PMDB-BA
a pedido da Procuradoria.
Geddel disse que os outdoors
foram pagos por seu pai, o ex-deputado Afrísio de Souza Vieira Lima, como um presente de
Natal. Ele negou que os cartazes (que mostram sua foto e as
frases "Tô com vocês. Boas-festas. Geddel") tenham caráter
eleitoral e disse que faz isso há
20 anos: "Sempre fiz mensagens de fim de ano e nunca fui
questionado. Se a Justiça Eleitoral der liminar para retirar os
outdoors, a decisão será cumprida. Mas os advogados naturalmente recorrerão".
O ministro, porém, não foi localizado a tempo para comentar a representação de ontem.
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