DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Cerca de 140 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), segundo a Polícia Militar, invadiram o prédio da Prefeitura de Cruzeiro do Sul (500 km a noroeste de Curitiba). O protesto, ocorrido anteontem, foi uma reação à recusa da prefeitura em fazer com que o transporte escolar passasse dentro de um acampamento do MST, no qual vivem 33 famílias.
"É um direito que nossos filhos têm", afirmou por telefone à Agência Folha um sem-terra que se identificou como Camilo.
O prefeito Waldemir Natal Marion (PSDB) disse que não pode abrir uma exceção para os sem-terra. "Não posso entrar em propriedade particular para buscar aluno. Eles precisam ir até o ponto de passagem do ônibus, como todos fazem", afirmou.
Segundo Marion, a distância entre o acampamento e o ponto de ônibus é de 1.500 metros. "Tem criança que anda até três quilômetros a pé. Tenho muitos pedidos que não posso atender, senão o transporte acaba. Se atender um e deixar o resto de lado, o Ministério Público me processa."
Por causa do protesto, o atendimento ao público foi suspenso. A pedido do prefeito, o juiz do Fórum de Paranacity, Carlos Eduardo Kockanny, ordenou à Secretaria da Segurança Pública a desocupação da prefeitura. (DV)


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