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PF não recolheu 6 fitas
durante busca na Lunus
LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal deixou de recolher seis fitas cassete encontradas no escritório da empresa Lunus, da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), e
seu marido, Jorge Murad.
Os delegados e agentes que fizeram a busca e apreensão no último dia 1º, por determinação da
Justiça Federal do Tocantins, não
chegaram a ouvir as fitas.
Os policiais aceitaram a explicação dada pelo advogado da empresa, Vinícius Martins, de que as
fitas continham discursos que seriam usados na campanha eleitoral de Roseana. Também foram
encontradas no escritório fitas de
vídeo contendo propaganda do
governo do Estado.
A PF afirma desconhecer a versão de que as fitas continham
conversas gravadas por sistema
de escuta acoplado ao aparelho
telefônico do escritório. Nesse caso, as fitas poderiam conter provas contra Murad e Roseana.
Os policiais afirmam que não
deram importância às fitas porque estavam ocupados com a descoberta do dinheiro encontrado
nos cofres da empresa.
Durou cerca de duas horas a
contagem das 26.800 notas de R$
50, num total de R$ 1,34 milhão.
Na operação, um dos agentes chegou a jogar no lixo o envelope
pardo que revestia um dos pacotes com parte do dinheiro, com a
inscrição "Construtora Sucesso,
Remet: Aldemi. Para o setor de tesouraria. Att: Sr. Auclides".
O envelope foi recolhido por
um dos delegados, emendado
com fita adesiva e fotografado.
Para falar sobre a operação na
Lunus, os delegados Paulo de Tarso Gomes e Hélbio Dias Leite,
além do diretor-geral da PF, Agílio Monteiro, vão prestar depoimento amanhã na CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) do Senado. A sessão será secreta.
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