NELSON DE SÁ
EDITOR DA ILUSTRADA

A Globo abriu o dia anunciando que o PFL, em resposta ao Ministério Público, desengavetou a chamada Lei da Mordaça.
É o projeto que impede que os procuradores, por exemplo, saiam por aí distribuindo, aos telejornais, fotos de R$ 1,34 milhão em notas de R$ 50.
O parlamentar que ressuscitou o projeto, a ser votado amanhã na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, garantiu que a decisão de votar não tem nada a ver com o vazamento do R$ 1,34 milhão.
Ele é senador pelo PFL do Maranhão.
 
O senador pelo PMDB do Amapá José Sarney, que diziam que faria seu discurso em defesa da filha hoje, agora vai fazer amanhã.
E seguem dizendo que o pronunciamento será "duro", com menções até à família de FHC. É bom registrar que também diziam que ele faria o discurso duas semanas atrás.
Ainda amanhã, dia que está concentrando todo o poder de fogo do PFL no Senado (e dia seguinte à votação da CPMF na Câmara), estará lá o diretor-geral da Polícia Federal.
 
A proclamada "guerra dos dossiês" se esvazia mais rápido do que prometia, no final de semana.
O corregedor-geral da Câmara foi ontem perguntar ao presidenciável Anthony Garotinho se era verdade que um enviado do tucano Márcio Fortes havia oferecido a ele um dossiê sobre Roseana Sarney.
Garotinho negou, segundo o site da Globo -e o corregedor saiu dizendo que a cassação perdeu força.
Por falar na "guerra", o também presidenciável Ciro Gomes afirmou, em entrevista à Rede TV! no domingo, que foram até ele com um dossiê sobre o Ministério da Saúde, sobre "preço de remédio".
Ele teria recusado. Nem teria lido.
 
Correm soltas as acusações de parte a parte, nos telejornais, mas a campanha segue como antes, nos intervalos.
Além de mais um pronunciamento do ministro da Saúde, em meio aos programas dominicais como o Domingo Legal de Gugu Liberato, o próprio animador estrelou um comercial do governo, dizendo:
- Genérico, com g de Gugu.
E os comerciais de Roseana, aqueles realizados por Nizan Guanaes, não saem do ar, com seus jingles que hoje provocam estranhamento.
Enquanto isso, a própria tem que vir a público, na Record, e garantir que ainda é candidata.



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